O bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, sublinhou hoje a importância de votar nas legislativas açorianas de 04 de fevereiro, referindo que a região “não dispensa projetos realistas e criativos que devolvam esperança”.

Numa nota divulgada à imprensa, o responsável pela Diocese de Angra, que abrange todo o arquipélago dos Açores, referiu que o contexto atual no mundo, no país e na região é de dificuldade, com o crescimento das desigualdades e pobreza.

“São precisos projetos sérios nas sociedades contemporâneas e a sociedade açoriana, em particular, não dispensa projetos realistas e criativos, que devolvam a esperança; que coloquem as pessoas no centro, que garantam o respeito pela dignidade e inviolabilidade do direito à vida”, escreveu Armando Esteves Domingues.

Esses programas, acrescentou, devem também facilitar, entre outros, o acesso à habitação e ao trabalho digno, levando os eleitores a votar em projetos concretos que respondam aos desafios da sociedade.

“Votar não é só um dever. Desejo que cada voto represente também o compromisso de tudo fazer para que, todos juntos, recuperemos aquele fundo humano comum de que precisamos. Só assim a política dará um contributo decisivo para ‘sairmos juntos’ dos problemas que são de todos”, referiu.

Por isso, disse ainda o bispo de Angra, todos devem participar na escolha dos representantes que consideram ser “mais capazes de administrar os recursos disponíveis e que são sempre escassos, em prol do bem comum, para garantir a igualdade de oportunidades e os direitos constitucionalmente consagrados”.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para 04 de fevereiro após o chumbo do Orçamento para este ano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

 

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