O Direito à Saúde será uma das muitas coisas que será decidida nas Eleições Regionais de 4 de fevereiro. O cenário que o governo regional descreve está bem longe da realidade. Há 2 anos, 1 em cada 10 Açorianos não tinha médico de família. Só no Hospital do Divino Espírito Santo, cerca de 6500 doentes esperam, em média, 409 dias, por uma cirurgia. As listas de espera atingem vários meses, ou mesmo vários anos, em muitas especialidades! Em vários Centros de Saúde, para ter consulta de urgência é preciso esperar no exterior, ainda de noite, ao frio e à chuva.
Na realização de exames complementares, quem vem do público espera vários meses, mas quem vem do privado tem prioridade. Este é apenas mais um de muitos favorecimentos inaceitáveis do negócio privado da doença. E por falar nele, o governo regional continua a financiá-lo, com muitos milhões saídos das contas públicas. Este é um serviço pago duplamente: paga-se o serviço e o lucro da empresa privada. O resultado prático é uma pior gestão dos dinheiros públicos e pior Serviço Público de Saúde, porque a verba que lhe falta foi colocada no negócio privado da doença.
Mas há alternativa! Há vários anos que a CDU tem afirmado que a Saúde não é uma mercadoria, é um Direito, que é de todos e que tem de ser para todos! Para a CDU, isso passa pelo investimento no Serviço Público de Saúde e pela aposta na medicina preventiva. Esse investimento melhorará a saúde dos Açorianos, porque é melhor e mais simples prevenir na saúde do que tratar na doença. Em segundo lugar, no tratamento das doenças, os cuidados de saúde são tão mais dispendiosos quanto mais tardiamente surgirem. Assim, esta é uma solução duplamente vantajosa: melhor Saúde e com menores custos para todos!
Garantir o Direito à Saúde, para todos, exige que se acabe com o favorecimento do negócio da doença. Esta é a proposta da CDU: reforçar o Público, garantindo que todos têm acesso a médico de família, exames e cirurgias em tempo útil. Só atribuindo-lhe um número de médicos, enfermeiros e auxiliares adequado, e dando-lhe os equipamentos e o financiamento necessários, é que o Serviço Regional de Saúde poderá cumprir, por inteiro, aquilo que melhor sabe fazer – cuidar da nossa Saúde, garantir, a todos, o Direito à Saúde!