Passado o essencial dos festejos natalícios, que na tradição açoriana se prologam esporadicamente até à Senhora das Estrelas, a vida retoma as suas rotinas, com os problemas e desafios que temos pela frente.
Na política, já sabemos, o ano é farto em atos eleitorais. Em fevereiro e março escolhemos a governação das ilhas e do país e, depois, em junho, quem nos representa no Parlamento Europeu. Cada coisa no seu lugar. No momento de decidir, o eleitor é motivado por razões diferentes, que muitas vezes também ditam sentidos de voto diversos. E quanto mais próximo está o poder do cidadão, mais a decisão é minuciosamente ponderada, mais avaliados são os protagonistas nas suas ideias, competência e capacidade de bem fazer.
Aqui na Região tudo é novo. Pela primeira vez um governo não chegou ao fim do seu mandato – também fora novidade um Presidente do Governo que se recandidatava ao cargo não conseguir voltar à governação. E é inédita a disputa entre o Presidente em funções e o ex-titular do cargo. Por muito que as forças partidárias de menor expressão digam o contrário, tudo se decidirá entre Bolieiro e Cordeiro. Só um deles pode formar governo, sozinho ou com acordos posteriores, conforme ditarem os resultados. O resto, será a expressão plural que é própria da democracia, com mais ou menos partidos representados no Parlamento.
Conhecemos bem José Manuel Bolieiro e Vasco Cordeiro, sabemos o que um e outro fizeram ou deixaram por realizar, como marcaram as nossas vidas, para o bem e para o mal. Nesse exercício de memória deve começar a nossa decisão.