O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) vai concorrer, pela primeira vez, por todos os círculos eleitorais dos Açores nas regionais antecipadas de 04 de fevereiro, apresentando o coordenador regional, Rui Matos, como cabeça de lista por São Miguel.

“É a primeira vez que concorremos por todas as ilhas. Já tínhamos concorrido nas eleições regionais de há três anos, mas não com listas por todas as ilhas”, afirmou hoje à agência Lusa o coordenador regional do ADN, que é cabeça de lista por São Miguel e pelo círculo regional de compensação (que reúne os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos nove círculos de ilha).

Rui Matos, empresário micaelense, foi o último líder do Partido Democrático do Atlântico (PDA), extinto em 2015, e que era o único partido com sede nos Açores.

Em declarações à Lusa, o coordenador regional do ADN considerou que as eleições regionais antecipadas foram marcadas “muito em cima do joelho”, salientando que “o prazo muito curto” para a entrega de listas obrigou a trabalho “durante o fim de semana” de “muitos funcionários judiciais”.

“O prazo para a entrega de candidaturas terminava dia 26 de dezembro. Isto foi mais uma jogada para tentar impedir que os pequenos partidos conseguissem concorrer a todos os círculos eleitorais”, sustentou Rui Matos.

No caso do ADN, o coordenador regional disse que com “esforço foi possível concorrer” e ter candidatos por todos os círculos eleitorais das nove ilhas e círculo regional de compensação.

“Já fiz parte de outras eleições e considero que o ADN é um partido que vai ao encontro das minhas ideias daquilo que é realmente necessário na região”, sublinhou.

Segundo o cabeça de lista, “o combate” do partido “será acabar com a corrupção, que infelizmente prejudica muito o desenvolvimento regional, com ajuste diretos e processos que estão em tribunal, com figuras relevantes” da sociedade, “mas sobre os quais nada mais foi falado”.

Rui Matos assinalou ainda que os Açores “continuam a ser a região mais pobre da Europa”, apesar de “milhões e milhões de subsídios” atribuídos ao arquipélago açoriano, enquanto na saúde “está cada vez pior”.

“Fomos governados durante quase 50 anos por dois partidos, que é o PS e o PSD, que nada fizeram pelo arquipélago e está exatamente tudo igual. E, só não estamos mais miseráveis, porque muitos milhões vieram da União Europeia”, apontou.

Os Açores vão a votos em 04 de fevereiro de 2024, após a dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República, devido ao chumbo do Orçamento.

Dez candidaturas apresentam-se às eleições regionais antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 nos Açores, segundo as listas afixadas e consultadas pela agência Lusa.

De acordo com as listas afixadas no Tribunal de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, apresentam-se às eleições 10 candidaturas: as coligações PSD/CDS-PP/PPM e CDU (PCP/PEV) e oito partidos que concorrem isoladamente – PS, PAN (Pessoas-Animais-Natureza), BE, Chega, JPP (Juntos pelo Povo), Iniciativa Liberal (IL), ADN (Alternativa Democrática Nacional) e Livre.

 

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