O financiamento público das estruturas artísticas dos Açores aumentou de 500 mil euros para 3,5 milhões de euros desde o último ciclo, disse hoje à agência Lusa o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Segundo o governante, no quadro dos apoios diretos do Ministério da Cultura à Região Autónoma dos Açores, que só acontece desde 2017, foram “multiplicados por cinco o financiamento em relação ao ciclo anterior”.
Pedro Adão e Silva falava após a visita que fez hoje ao Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, no âmbito da sua deslocação aos Açores.
O ministro da Cultura referiu ainda que eram apoiadas duas estruturas culturais nos Açores e que atualmente são apoiadas 20, sendo que “o volume de financiamento do ciclo anterior era de 500 mil e agora são 3,5 milhões de euros para as estruturas artísticas”.
Pedro Adão e Silva considerou que este valor corresponde ao “colossal esforço financeiro que a Cultura teve nos últimos dois anos” no país, em que o apoio para as artes “mais do que duplicou e, no caso de regiões como os Açores, quintuplicou”, o que “permite introduzir previsibilidade, condições para trabalhar e reforçar os contratos de trabalho”.
O governante referiu que vai assinar na terça-feira, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, um contrato de financiamento que visa a recuperação de duas igrejas.
O ministro disse ainda que o “alargamento da possibilidade de apoios nas regiões autónomas tem também outra manifestação na arte contemporânea”, uma vez que o Centro de Artes Arquipélago, sedeado no concelho da Ribeira Grande, “está credenciado na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea”.
“E, a partir de hoje, dia em que o concurso abriu, vai poder candidatar-se a uma verba para financiar as entidades que fazem parte da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, de dois milhões de euros”, especificou.
Pedro Adão e Silva manifestou o desejo de, “no futuro”, os apoios públicos às estruturas artísticas “aconteçam em mais áreas, como por exemplo, na música, com as filarmónicas”.
O ministro da Cultura vai estar, na terça-feira, na ilha Terceira, para assinalar os 40 anos de elevação da cidade de Angra do Heroísmo a património da humanidade.
Hoje, manteve em Ponta Delgada, um encontro com as estruturas artísticas apoiadas pelo Ministério da Cultura, através da Direção Geral das Artes.