O PS/Açores acusou hoje o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) de estar “totalmente alheado da realidade regional”, alertando para a “degradação” das finanças públicas e para o agravamento de “todos os indicadores sociais”.

“Assumir que a região está hoje melhor do que no tempo em que o Governo Regional era suportado pelo PS só pode significar um total alheamento da realidade ou um ato de má-fé”, afirma o vice-presidente do PS na região Berto Messias, citado em comunicado.

A posição do PS surge depois de o líder do executivo regional, José Manuel Bolieiro, ter defendido, na qualidade de presidente do PSD/Açores, que a região está melhor do que em 2020, quando a coligação governativa PSD/CDS-PP/PPM iniciou funções.

Para o PS, o atual Governo Regional “vive num mundo que é, cada vez mais, só seu”, alertando para o aumento do risco de pobreza e exclusão social.

“Basta ver que, com este governo de coligação, todos os indicadores sociais dos Açores, depois de anos a melhorar com os governos do PS, estão hoje pior”, salienta Berto Messias.

O antigo secretário regional do último executivo açoriano liderado pelo PS (2016-2020) acusa o governo de José Manuel Bolieiro de ter “degradado a situação das finanças públicas”, aumentando a dívida “ao ritmo de um milhão de euros por dia, incluindo sábados, domingos e feriados”, entre janeiro de 2021 e 30 de junho de 2023.

Berto Messias refere ainda as “inúmeras dificuldades que as famílias açorianas atravessam” devido ao custo da habitação e à “degradação” do Serviço Regional de Saúde.

O vice-presidente do PS/Açores visa ainda o Governo Regional devido aos “sucessivos atrasos” no pagamento do POSEI Pescas e pela “falta de recursos” na área da educação.

 “Onde anda, efetivamente, esse Governo Regional que considera que está tudo melhor, hoje, do que quando iniciou funções? Os açorianos seguramente não partilham da visão otimista deste governo”, salienta o socialista.

Hoje, José Manuel Bolieiro lembrou que o trabalho do executivo que lidera, iniciado em novembro de 2020, foi realizado “num contexto de muita dificuldade para resolver problemas acumulados durante 24 anos no desenvolvimento, na coesão territorial, na coesão social dos Açores, nas suas nove ilhas”.

“Nós estamos a resolver. O próprio negócio está a ter bons resultados. É possível, no quadro da honestidade intelectual, falar mal deste bem que alcançámos? Não é, se efetivamente tivermos honestidade intelectual”, declarou o líder do PSD/Açores e do Governo Regional.

 

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