O PCP/Açores considerou hoje que a aprovação do Plano e Orçamento para 2024 será um “cheque em branco” ao Governo Regional para a maioria dos projetos saírem do papel.

Numa nota de imprensa, os comunistas referem que “a aprovação do Orçamento e Plano para 2024 será uma espécie de cheque em branco ao Governo Regional e às suas opções políticas de (des)investimento porque a maioria dos projetos não saem do papel”.

De acordo com o PCP/Açores, “de forma catastrófica, pode-se apontar o desinteresse e a ausência de investimento para o desenvolvimento harmonioso do arquipélago” por parte do Governo Regional.

Para os comunistas dos Açores, conclui-se que “este Governo, que tanto prometeu, abandonou qualquer perspetiva de coesão regional, deixando ao abandono as ilhas mais isoladas e menos desenvolvidas e favorecendo os processos de concentração económica e da população”.

“Por tudo isto, questionamos este aumento de 17,2% da dívida da Região Autónoma dos Açores. Mais especificamente, para quem reverteu este aumento da dívida? Para os Açores e para os açorianos não foi, de certeza!”, afirma o PCP/Açores.

Os comunistas afirmam “estranhar que o Chega e a IL, que tanto exigiram o rigor, a transparência nas contas públicas e o indevidamente zero como bandeiras suas e como moeda de troca para aprovarem os sucessivos planos e orçamentos, agora mantenham-se em silêncio”.

“Factos são factos e os responsáveis são todos os que estão intrinsecamente ligados a esta política que paralisa serviços, condiciona o acesso aos serviços públicos, que mantém baixos salários e pensões, promove a precariedade e a exploração. Resumindo, são os responsáveis pelo aumento das desigualdades entre ilhas e açorianos e o empobrecimento destes”, refere o PCP/Açores.

O Orçamento dos Açores para 2024, no valor de dois mil milhões de euros, é um orçamento “sem endividamento adicional”, revela a proposta de decreto legislativo regional entregue no parlamento.

No Orçamento proposto para 2024, no valor de 2.036.738.347,00 euros, o investimento público direto do Governo Regional ascende a 739,7 milhões de euros, “o que se traduz num significativo aumento de 14,9% relativamente ao ano de 2023”.

 

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