Uma nova espécie de marisco foi descoberta, nos Açores, na baía da Praia da Vitória, na Terceira, uma população de lingueirão, cuja viabilidade de exploração “está agora a ser estudada pelo Governo Regional”, foi hoje revelado.

A descoberta foi feita pelo Grupo de Estudos Oceânicos e a Naturalist – Ciência e Turismo, durante a expedição “Açores 2023”.

Essa expedição, do Grupo de Estudos Oceânicos, permitiu, em concreto, descobrir uma população de lingueirão (Solen marginatus) na baía da Praia da Vitória, na Ilha Terceira, nos Açores, detalha a Naturalist, em comunicado de imprensa.

A descoberta foi feita pelo professor Alberto Machado, fundador do Grupo de Estudos Oceânicos, durante a expedição “Açores 2023”, que em parceria com a start up MARE Naturalist – Ciência e Turismo, e em colaboração com o OKEANOS (Instituto de Investigação em Ciências do Mar), da Universidade dos Açores, “estão empenhados na coordenação dos trabalhos de mapeamento e viabilidade de exploração da espécie”.

Os investigadores acreditam que a par com “as famosas ameijoas da Caldeira de Santo Cristo”, na ilha de São Jorge, “as lapas e o Caramujo, esta poderá vir a ser uma iguaria única, alvo de exploração e alternativa para a atividade de apanha comercial na região, se devidamente regulamentada”.

Segundo a Naturalist, Ciência e Turismo, empresa nos Açores de base académica e fundada por investigadores da Universidade de Lisboa e Açores, a viabilidade de exploração da nova espécice “está agora a ser estudada pelo Governo Regional dos Açores, através da Direção Regional das Pescas”.

A empresa adianta que foi já submetida uma publicação científica com os resultados da campanha inicial e avançada uma proposta ao Governo Regional para financiamento de um estudo relativo à sua distribuição e abundância que permita apoiar a tomada de medidas de gestão para uma exploração sustentável.

Até nova informação, a apanha da nova espécie “é interdita”, alerta a Naturalist.

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