Foto: RTP/Açores

Uma lancha atracada na marina da Praia da Vitória, nos Açores, afundou-se hoje, na sequência de um incêndio, combatido pelos bombeiros durante cerca de três horas, estando ainda a decorrer o processo de limpeza.

“À nossa chegada a embarcação já estava toda tomada e havia um derrame de combustível. O incêndio deflagrou na casa das máquinas, no porão da embarcação, e havia um derrame de combustível muito grande e a dificuldade foi conseguir chegar lá abaixo. Nunca conseguimos porque a embarcação estava toda tomada”, revelou, em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória, Alexandre Cunha.

O alerta foi dado às 08:43 locais (09:43 em Lisboa) e o combate ao incêndio demorou “cerca de três horas”, envolvendo 22 bombeiros e sete viaturas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória e 15 elementos do departamento de bombeiros do 65th Air Base Group, na base das Lajes.

Ao todo estiveram no local cerca de meia centena de pessoas, entre bombeiros e elementos da Proteção Civil, da PSP e da polícia marítima.

“Foi crucial para nós o apoio dos bombeiros da base das Lajes, que têm um equipamento usado nas aeronaves que nós não temos”, salientou Alexandre Cunha.

Segundo o comandante dos bombeiros da Praia da Vitória, “não há vítimas a registar” e foi possível conter o incêndio à embarcação de 15 metros onde deflagrou.

“Fomos tentando proteger todas as embarcações. Não há mais danos em embarcação nenhuma. Fomos tentando conter a poluição que se foi gerando, o que também foi conseguido”, adiantou.

Segundo o capitão do porto da Praia da Vitória, António Almeida Marques, a preocupação, neste momento, é a recolha dos hidrocarbonetos que estão junto à embarcação.

“Logo no início das operações estabelecemos um perímetro de contenção para qualquer foco de poluição na marina e estamos próximos da embarcação para iniciar as operações de recolha desses hidrocarbonetos que estão na água”, referiu.

Paralelamente, será iniciado o processo para a remoção da embarcação, que tem “dimensões já bastante consideráveis” para o habitual naquela marina.

As condições de segurança não permitiram aos bombeiros entrar na embarcação, o que dificultou a operação, e só quando a lancha afundou foi possível dar o incêndio como extinto.

“Foi uma operação extremamente complexa, porque a embarcação é muito compartimentada e o compartimento onde estão as máquinas era de muito difícil acesso. A fibra de vidro estava a arder e não havia condições de acesso à embarcação. O combate foi sempre conduzido pelo exterior”, explicou António Almeida Marques.

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