A ministra da Defesa considerou hoje “fundamental que os cidadãos em geral, e as gerações mais jovens em particular”, conheçam a Defesa Nacional e a sua importância para salvaguarda dos valores constitucionais.

“O mundo enfrenta mudanças disruptivas, e as questões da segurança e defesa têm vindo a assumir um papel de cada vez maior destaque no sistema internacional”, sublinhou Helena Carreiras na cerimónia de assinatura de protocolos que prevêem a adoção, nas escolas da região, do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz, no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Aludindo aos acontecimentos atuais em Israel e à guerra na Ucrânia, entre outros, Helena Carreiras considerou que “é fundamental que os cidadãos em geral, e as gerações mais jovens em particular, conheçam a Defesa Nacional, o seu contexto, a sua circunstância, as Forças Armadas e os vários papéis que estas desempenham na salvaguarda dos valores constitucionais”, indicando os valores da soberania, da independência, do primado do Estado de direito e da liberdade.

“Tal passa por um contributo significativo em prol da coesão, da segurança e da estabilidade internacionais, através da participação em missões bilaterais, missões das Nações Unidas, da União Europeia, e da NATO”, declarou.

E prosseguiu: “Mas estas missões internacionais decorrem também em simultâneo com várias missões de soberania, que os açorianos tão bem conhecem, e que vão desde a busca e salvamento, transporte de órgãos, evacuações sanitárias entre ilhas e o continente, patrulhamento, e vigilância e defesa do território nacional”,

A titular da pasta da Defesa deu como exemplos o apoio prestado pelas Forças Armadas nos Açores durante a crise sismológica em São Jorge e na prestação de cuidados de saúde na ilha do Corvo.

“Fazem-no sempre que necessário, nas condições mais exigentes, contribuindo ativamente para o reforço da coesão territorial, da segurança nacional e da salvaguarda do bem-estar das comunidades”, vincou.

Na mesma sessão, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, referiu que os 19 municípios da Região Autónoma dos Açores têm uma função “singela, mas de capital importância”, porque lhes cabe a divulgação e a promoção do programa.

A implementação do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz vai ser reforçada nas escolas dos Açores a partir do ano letivo de 2024/2025, através dos protocolos hoje estabelecidos entre o Governo da República, o Governo Regional dos Açores e os 19 municípios da região autónoma.

“Desde 2016, já foram estabelecidos 156 protocolos por todo o país (inclui aqueles assinados hoje), possibilitando a inúmeros jovens de todos os ciclos de ensino um contacto com os temas da segurança, da defesa nacional e da paz numa perspetiva integrada e holística, ligando conhecimentos de natureza curricular e valores de uma cultura de segurança e paz”, segundo as entidades envolvidas no projeto.

Os temas são abordados por professores e alunos no espaço da escola, no contexto da educação para a cidadania.

No âmbito da iniciativa, o Instituto da Defesa Nacional, em coordenação com a Direção-Geral da Educação, já formou 939 professores e educadores (715 mulheres e 224 homens) nos últimos sete anos.

 

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