O grupo parlamentar do BE/Açores entregou na Assembleia Legislativa Regional um projeto de resolução que recomenda a construção de um semi-túnel na estrada de acesso à Fajã Grande e Fajãzinha, nas Flores, para garantir segurança à população.

O BE adianta, em comunicado, que a proposta “passa pela implementação da solução técnica defendida desde 2019 pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), mas que até agora nunca foi implementada pelo Governo [Regional]”.

Em 2019, na sequência de uma derrocada que cortou o acesso às freguesias de Fajã Grande e Fajãzinha, no concelho das Lajes das Flores, na ilha das Flores, que as deixou temporariamente isoladas, o LREC elaborou um relatório onde sugeria a construção de um semi-túnel ao longo de 200 metros de estrada.

No ano seguinte, acrescenta o partido, num novo relatório, a mesma entidade insistia que a “melhor forma de minimizar o risco para pessoas e bens naquele local seria através da implementação de medidas de estabilização/proteção, com o desenvolvimento de um semi-túnel que proteja os transeuntes independentemente da ocorrência de fenómenos”.

“No entanto, apesar das recomendações do LREC e apesar dos alertas feitos pelas juntas de freguesia afetadas, o Governo [açoriano] nunca avançou com a implementação destas medidas”, lê-se na nota.

No documento entregue na sexta-feira na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o grupo parlamentar do BE propõe que aquele órgão “recomende ao Governo Regional dos Açores uma intervenção de estabilização dos taludes da estrada de acesso à Fajã Grande e Fajãzinha, incluindo a construção de um semi-túnel nos termos propostos pelo LREC, de modo a garantir condições de circulação em segurança de pessoas e bens na referida via”.

Segundo o partido, a deputada do BE Alexandra Manes, que reuniu na sexta-feira com o executivo da Junta de Freguesia da Fajãzinha, salientou que “está em causa a necessidade de garantir a segurança na estrada que é a única via de acesso a duas freguesias”.

“Nesta estrada passam, diariamente, autocarros com crianças para escola e os residentes destas freguesias que se deslocam para o trabalho”, alertou a deputada.

Alexandra Manes, citada na nota, salientou que as duas freguesias “têm muita população envelhecida e que um corte na estrada provocado por uma derrocada pode, por exemplo, impedir a circulação de uma ambulância, pondo em risco a vida de alguém que necessite de assistência urgente”.

As juntas de freguesia da Fajãzinha e da Fajã Grande já comunicaram oficialmente a sua preocupação ao Governo Regional sobre o assunto mas, segundo o BE, este “nunca respondeu”.

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