O BE/Açores questionou hoje o Governo Regional sobre quantos dirigentes da Direção Regional da Mobilidade foram nomeados para a nova Estrutura de Implementação do Plano de Transportes, que considera ser “redundante e dispendiosa”.

Num requerimento enviado ao parlamento dos Açores, aquela força política refere que o Governo Regional “nomeou funcionários da administração pública para uma estrutura de missão cujas competências já eram do serviço a que os nomeados pertenciam”.

“O Bloco de Esquerda critica a criação destas estruturas redundantes e dispendiosas, sem qualquer vantagem para o desempenho das funções em causa”, refere-se no requerimento, citado em nota de imprensa do partido.

Segundo aquela força política da oposição, em junho, o Governo Regional “criou uma estrutura de missão designada por Estrutura de Implementação do Plano de Transportes para os Açores, cujo objetivo é ‘assegurar a coordenação, o desenvolvimento e o acompanhamento das ações necessárias à implementação do Plano de Transportes para os Açores para o período 2021-2030 e do novo modelo de transporte marítimo’”.

“No entanto, através da consulta da nota curricular dos respetivos membros recém-nomeados para esta estrutura de missão, verifica-se que todos são atualmente técnicos superiores afetos à Direção Regional da Mobilidade”, afirma o Bloco.

De acordo com o BE/Açores, a “única diferença é que os funcionários da administração regional que foram nomeados passam a auferir o salário equivalente ao cargo de direção intermédia de 2º grau para realizarem as mesmas tarefas que já eram da sua competência, o que significa um aumento de despesa pública injustificado e desnecessário”.

Trata-se de “mais um episódio de criação de estruturas redundantes e dispendiosas na administração pública regional”, afirma o BE/Açores.

Além de “pedir explicações ao Governo Regional relativamente à criação desta estrutura de missão”, o BE/Açores quer também conhecer a orgânica da Direção Regional da Mobilidade, nomeadamente “quantos dirigentes tem aquele departamento, quantos trabalhadores não têm cargo de direção e, destes últimos, quantos se encontram nomeados para a Estrutura de Implementação do Plano de Transportes para os Açores”.

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