O deputado do PSD Paulo Moniz questionou hoje o Governo sobre o concurso para as obras do cais NATO no porto de Ponta Delgada, nos Açores, considerando que a situação revela o “amadorismo” do executivo.
Em comunicado, o parlamentar social-democrata, eleito pelos Açores, afirma que a intervenção no cais NATO “continua sem se fazer”, após o primeiro concurso ter ficado deserto e o segundo não se ter efetivado.
“Apesar dos anúncios feitos, a repavimentação daquele segmento do porto, dependente do Ministério da Defesa Nacional, não avançou por não ter sido aberto o necessário concurso, mesmo tendo a despesa sido autorizada pela NATO”, condena Paulo Moniz, citado na nota de imprensa.
O PSD revela ter enviado uma pergunta à ministra da tutela a questionar sobre o lançamento de um novo concurso, uma vez que “já foi autorizada a despesa” para a obra através de uma resolução do Conselho de Ministros, estando prevista a “completa execução do projeto ainda em 2023”.
“Trata-se de uma situação de todo incompreensível e que revela o estado da governação socialista na área da Defesa Nacional, roçando em alguns momentos a incompetência e o amadorismo”, reforçou.
Paulo Moniz considera “urgente resolver a situação que se arrasta inexplicavelmente há vários anos” e lembra que o porto de Ponta Delgada é a infraestrutura portuária da região com “maior volume de mercadorias movimentado”.
“[É] particularmente surpreendente como, ao fim de tanto tempo, não se conseguiu definir um preço-base que respondesse às necessidades evidentes da infraestrutura, quando até a intervenção será integralmente suportada pela NATO”, atirou o deputado.
Em 08 de agosto, o Governo dos Açores solicitou ao Governo da República o “lançamento imediato” de um novo concurso para as obras no cais NATO do porto de Ponta Delgada.
É com “grande desilusão que o Governo dos Açores constata a anulação do concurso lançado para estas obras pelo Ministério da Defesa, dada a expectativa que se havia criado de solucionar uma situação que se arrasta inexplicavelmente há vários anos”, afirmou o executivo açoriano em nota de imprensa.