A líder da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA), Alexandra Bragança, defendeu hoje a necessidade de as grandes empresas do setor serem contempladas no sistema de incentivos Construir 2030.

Alexandra Bragança destacou a sua “satisfação” pelo facto de, “pela primeira vez, em muitos anos, as empresas terem sido brindadas com a elegibilidade ao nível dos investimentos” no sistema de incentivos 2030.

A responsável falava aos jornalistas na sede da presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, na sequência de uma audiência com o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, no âmbito da auscultação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.

A dirigente da AICOPA salvaguardou que “nem todas as empresas foram contempladas”, sendo que as pequenas e médias empresas foram “prioridade”.

Alexandra Bragança defendeu a necessidade de as “grandes empresas, com graves problemas de tesouraria”, também integrarem o Construir 2030, visando a transição digital e energética.

Segundo a responsável, da parte do presidente do Governo dos Açores ficou a garantia de que “a avaliação será feita e as empresas grandes podem vir a ser contempladas”.

A presidente da AICOPA quer ainda “regularidade ao nível dos encargos a suportar” com as obras, bem como uma “aposta na formação profissional, visando a qualificação dos jovens”, garantindo-se assim os quadros das empresas.

Alexandra Bragança defendeu também “concursos públicos lançados a preços justos”, evitando-se assim que “fiquem desertos e perdas de tempo”.

Em relação aos prazos de pagamento, “existem algumas vicissitudes uma vez por outra”, sendo que “as empresas dependem da regularidade desses pagamentos”, uma vez que têm “uma tesouraria frágil”, salvaguardou.

O presidente do Governo dos Açores começou na quinta-feira a ronda de auscultação dos partidos e parceiros sociais a propósito do Plano e Orçamento da região 2024, o quarto da legislatura, que vai ser discutido em novembro na Assembleia Regional.

O Orçamento para 2024 vai ser o primeiro a ser votado após a IL e o deputado independente terem denunciado os acordos escritos que sustentavam o Governo Regional.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente (eleito pelo Chega).

 

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