O líder do BE/Açores, o deputado regional António Lima, condenou hoje a demora do Governo Regional no combate à alga invasora que está a afetar as diferentes ilhas do arquipélago e o atraso no seu estudo.

Após uma reunião com a Comissão de Empresas de Mergulho de São Miguel, em Ponta Delgada, António Lima referiu que alga invasora “está a provocar graves problemas às atividades marítimas em várias ilhas dos Açores”.

Citado numa nota de imprensa do partido, o dirigente destacou o atraso na aplicação das medidas de prevenção que o parlamento açoriano aprovou por unanimidade.

“Ao fim de 10 meses o estudo não avançou e, das medidas preventivas aprovadas, não se está a fazer nada, e isso é dramático”, disse.

O Bloco recordou que, em setembro de 2022, o parlamento aprovou uma proposta sua que “determinava a implementação urgente de várias medidas concretas para evitar a propagação da alga rugulopterix okamurae, uma espécie invasora que tem uma expansão muito rápida e em níveis muito agressivos”.

Segundo o BE/Açores, “quando a proposta foi discutida em plenário, o Governo Regional disse que o estudo estava quase protocolado com Universidade dos Açores, mas até agora o estudo não avançou”.

António Lima referiu que “só depois de o Bloco tornar público que este era o assunto da reunião com a Comissão de Empresas de Mergulho de São Miguel é que o secretário regional do Ambiente veio anunciar o lançamento do concurso público para a realização” dessa análise.

A proposta aprovada no parlamento, recordou, recomendava também ao executivo (PSD/CDS-PP/PPM) medidas imediatas de monitorização e deteção precoce nos portos, o reforço da fiscalização das águas de lastro dos navios que navegam no arquipélago e a ações de formação junto dos utilizadores frequentes do mar, como mergulhadores e pescadores, para ensinar a identificar a alga.

Contudo, lamentou, “nada disso foi feito”.

Em 21 de julho, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse que o executivo ia fazer um estudo para avaliar a origem de uma alga invasora que tem aparecido na região e analisar o seu potencial económico.

“Temos feito trabalhos de limpeza, mas queremos saber a origem da alga e como se prolifera, até por razões de saúde pública”, indicou Bolieiro.

O presidente do Governo Regional explicou que, além da aposta na limpeza das praias, “interessa perceber a causa” do aparecimento da alga invasora e “que utilidade pode ter para outras soluções económicas”.

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