O PS de São Miguel, Açores, defendeu hoje que o Governo Regional tem de avançar “o mais rapidamente possível” com a consolidação da proteção da orla costeira das Calhetas, alertando para o impacto da erosão na ilha.
“Temos vindo a acompanhar com grande preocupação o que tem sido o impacto da erosão da orla costeira em São Miguel e viemos aqui alertar para esta falta de investimento e para a necessidade de recuperar essa orla costeira”, afirmou Lurdes Alfinete, membro do Secretariado de Ilha do PS/São Miguel, no âmbito de uma visita à zona da orla costeira nas Calhetas, no concelho da Ribeira Grande.
Em declarações aos jornalistas após a visita, Lurdes Alfinete considerou que está em causa uma situação que coloca “em risco a vida das pessoas e as suas habitações”
“Sabemos todos nós que isto são obras que têm de ser feitas no verão e essa obra tem de avançar o mais rapidamente possível salvaguardando estas questões”, salientou Lurdes Alfinete.
Segundo a responsável, é necessário que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) “pense em investimento sério” no que diz respeito à requalificação da orla costeira, “pensando na vida das pessoas e nas habitações”.
“E, isto tarda”, argumentou Lurdes Alfinete, considerando que há uma má planificação das obras de requalificação e proteção da orla costeira.
Paralelamente, acrescentou, deveria também ser feira uma elencagem, em conjunto com as autarquias, dos pontos negros em São Miguel para que se possa aferir o que se passa com a orla costeira da ilha e estabelecer um diálogo com as populações.
Em abril, o Governo dos Açores lançou o concurso público para a consolidação da proteção da orla costeira das Calhetas, num investimento superior a 2,7 milhões de euros para estabilizar uma falésia com habitações próximas.
Na altura, o executivo regional indicou que o “concurso foi lançado em tempo recorde por se tratar de uma zona habitacional sujeita a constantes derrocadas”.
Desde o início do ano que a Secretaria Regional, através do Laboratório Regional de Engenharia Civil e da Direção Regional das Obras Públicas, tem realizado monitorizações semanais e várias intervenções nas ruas afetadas pelas derrocadas, era ainda referido na nota de imprensa.