O presidente do Governo dos Açores considerou hoje que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem corrido bem, considerando que os “constrangimentos” que têm acontecido “não são responsabilidade da região”.
“Aqueles que são os constrangimentos, quer de caráter financeiro, quer de marcos e metas, têm a ver com externalidades. Não são da área de responsabilidade da região. São os contextos que afetam Europa, Portugal e também os Açores”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O líder regional falava aos jornalistas na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com autarcas da ilha de São Miguel.
O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) garantiu que a região não corre o risco de perder verbas e disse estar satisfeito com a governança do PRR nos Açores.
“Ficamos satisfeitos com o relatório do Tribunal de Contas, que demonstra, no que diz respeito à capacidade de governança do PRR, que os Açores têm feito bem”, salientou.
Uma auditoria do Tribunal de Contas, divulgada na quinta-feira, revela que os Açores cumpriram 57 dos 88 marcos e metas do PRR para 2022 e que os constrangimentos estão “maioritariamente relacionados com fatores externos”.
Sobre as críticas da Federação Agrícola dos Açores, que na quarta-feira alertou para a baixa execução do atual quadro comunitário de apoio no setor, José Manuel Bolieiro também defendeu a necessidade de “executar o máximo de fundos comunitários”.
“Estamos todos irmanados na solução de acelerar a execução otimizada desses fundos”, assegurou.
Também hoje, o secretário das Finanças dos Açores salientou que o relatório do Tribunal de Contas sobre a execução do PRR para 2022 indica que “está a decorrer bem, dentro das limitações globais”.
Os Açores cumpriram 57 dos 88 marcos e metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para 2022, mas os constrangimentos estão “maioritariamente relacionados com fatores externos”, segundo a auditoria daquele Tribunal.
“De um modo geral, a concretização dos investimentos foi afetada por constrangimentos maioritariamente relacionados com fatores externos, designadamente com a pressão inflacionista e com dificuldades de obtenção de matérias-primas no mercado mundial”, lê-se no relatório da auditoria, disponível na página da Internet do Tribunal de Contas.
Na quarta-feira, o presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, alertou para a baixa execução do atual quadro comunitário de apoio no setor, alegando que a região corre risco de devolver fundos, pela primeira vez.