Os Açores ultrapassaram um milhão de dormidas em alojamentos turísticos nos primeiros cinco meses do ano, registando uma subida de 20,5% face ao período homólogo, segundo dados divulgados hoje pelo Serviço Regional de Estatística (SREA).

“De janeiro a maio, o total de dormidas foi de 1.087,5 mil, representando um acréscimo face ao período homólogo de 20,5%”, lê-se na publicação disponível na página do SREA, que inclui dormidas em “hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, pousadas, unidades de turismo no espaço rural e unidades de alojamento local”.

No ano de 2022, o arquipélago registou um valor recorde de 3,2 milhões de dormidas em alojamentos turísticos.

Com uma estada média de três dias, a região recebeu 362,9 mil hóspedes, entre janeiro e maio de 2023, mais 22,1% do que no período homólogo.

Só no mês de maio, os Açores registaram 330,7 mil dormidas em alojamentos turísticos, “valor superior em 10,2% ao registado no mês homólogo”, em linha com a subida média nacional (10%).

O número de hóspedes foi de 105,4 mil, “apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 9,3%”.

Segundo o SREA, os residentes estrangeiros superaram os nacionais em número de dormidas turísticas nos Açores, com 216,3 mil, mais 21,2% do que em maio de 2022.

Já as dormidas de residentes em Portugal (114,4 mil) registaram uma quebra de 6% face ao período homólogo.

A hotelaria foi a tipologia que concentrou mais dormidas nos Açores (199,4 mil), em maio, ainda que tenha registado a menor subida homóloga, com 4,7%.

O número de dormidas de estrangeiros (116,7 mil) superou o de nacionais (82,7 mil), que verificou uma quebra de 4,7% em relação a maio de 2022.

O relatório indica que os proveitos totais desta tipologia aumentaram 29,8%, superando os 15 milhões de euros, e que o rendimento médio por quarto utilizado foi de 100,2 euros.

Apenas seis das nove ilhas dos Açores aumentaram o número de dormidas, em maio, na hotelaria: Graciosa (77,4%), Santa Maria (20,4%), Pico (15,3%), São Jorge (15,1%), Corvo (12,9%) e São Miguel (7,4%).

A Terceira registou uma quebra de 8,1%, as Flores de 5% e o Faial de 4,1%.

Com 139,7 mil dormidas, São Miguel, a maior ilha do arquipélago, concentrou 70,1% do total das dormidas, na hotelaria, seguindo-se Terceira, com 28,1 mil dormidas (14,1%), Faial, com 12,7 mil (6,4%) e Pico, com 8,8 mil (4,4%).

Com pouco mais de 12 mil dormidas, em maio, o turismo em espaço rural foi a tipologia de alojamento que verificou um maior crescimento nos Açores, em maio (35,1%).

Ainda que o crescimento tenha sido comum a ambos, os turistas estrangeiros estão em larga maioria nesta tipologia, com 10.153 dormidas, face às 1.893 de turistas nacionais.

Já o alojamento local cresceu 18,3%, em maio, contabilizando cerca de 119,2 mil dormidas, a maioria de turistas provenientes do estrangeiro (89,4 mil), que aumentaram 32,7%, enquanto os nacionais (29,8 mil) diminuíram 10,7%.

São Jorge (53,7%), Corvo (52,6%), Flores (31,8%), São Miguel (25,4%) e Pico (16,8%) registaram uma subida de dormidas, enquanto Santa Maria (17,9%), Terceira (13,8%), Faial (8,6%) e Graciosa (6,8%) tiveram quebras.

Também nesta tipologia, a ilha de São Miguel foi a que concentrou mais dormidas, com 71,9% do total (85,6 mil), seguindo-se o Pico, com 9,6 mil dormidas (8,1%), a Terceira, com 9,2 mil dormidas (7,8%), e o Faial, com 7,0 mil dormidas (5,9%).

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