Sandra Dias Faria apontou, esta sexta-feira, em Angra do Heroísmo, que a “falta de medidas e a inação do Governo Regional do PSD-CDS/PP-PPM, com o apoio da IL e do Chega, continua a agravar a situação das famílias e das empresas Açorianas”.

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS falava à saída da audição do recentemente indigitado Presidente da EDA, Paulo André, em comissão parlamentar da Assembleia Legislativa dos Açores.

“A audição do novo Presidente da EDA permitiu ter a clara noção de que há cada vez mais famílias Açorianas com dificuldades em pagar as suas contas de eletricidade, em parte devido ao aumento geral do custo de vida, mas também porque as tarifas de eletricidade tiveram uma subida muito considerável este ano, algo para o qual o PS alertou com bastante antecedência”, realçou a parlamentar.

Na audição foi revelado que, de acordo com dados de maio de 2023, as dívidas superiores a 60 dias, de particulares e empresas privadas, atingem os 1,3 milhões de euros, enquanto que as dívidas inferiores a 60 dias ascendem aos 11,2 milhões de euros.

“O Partido Socialista tem dado os seus contributos. No debate do Plano e Orçamento para este ano, a coligação PSD-CDS-PPM, bem como a Iniciativa Liberal, Chega e PAN, votaram contra o Plano de Emergência Social e Económica proposto pelo Partido Socialista, que contemplava um pacote de medidas de apoio às famílias e às empresas. Posteriormente a isso, o PS apresentou uma recomendação ao Governo Regional para que criasse um plano regional de poupança de energia, que até foi aprovado no Parlamento dos Açores, mas que nunca saiu do papel, não se concretizando em benefícios práticos para os Açorianos”, lembrou Sandra Dias Faria.

A deputada socialista realçou que a grande medida deste Governo Regional para a poupança energética é o SOLENERGE (programa para aquisição de painéis solares fotovoltaicos a 100%), medida que tem tido uma “baixíssima taxa de adesão, dada a complexidade burocrática das candidaturas”.

Sobre a dívida que os hospitais da Região têm à Elétrica Açoriana, que ascende já a mais de 22 milhões de euros, Sandra Dias Faria lembrou que o Governo Regional “está a falhar no compromisso que ele próprio assumiu, de reduzir essa dívida”.

“Temos um Governo Regional que finge que toma medidas. Que não aceita as boas ideias, só por virem do Partido Socialista ou de outras entidades. Temos, nos Açores, um Governo Regional que vive fechado dentro da sua própria narrativa de que está a fazer tudo bem, o que não corresponde à verdade, como bem sabem os Açorianos”, finalizou a vice-presidente do GPPS, Sandra Dias Faria.

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