O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje ser “fundamental” combater a tendência de uma sociedade “indiferente à diferença”, apelando ao “dever de solidariedade”.

“É fundamental que combatamos a tendência, muitas vezes por excessivo materialismo, de uma sociedade indiferente à diferença. As indiferenças à diferença são desprezíveis, não são recomendáveis e não potenciam o humanismo na relação entre as pessoas”, afirmou o líder do executivo açoriano.

O chefe do executivo açoriano falava na inauguração do novo do edifício do Centro de Paralisia Cerebral de São Miguel, no concelho de Ponta Delgada, projeto orçado em 4,6 milhões de euros que poderá servir cerca de 106 utentes.

Bolieiro referiu que “é necessário dar foco a este sentir humanista”, uma vez que todos são iguais”, salvaguardando que as políticas públicas “estão focadas na inclusão, na integração, porque se pretende ser proativos e não meramente reativos”.

“Se formos integrais no nosso objetivo de inclusão estamos a potenciar uma sociedade culta pelo valor da igualdade e da diferença”, afirmou o governante.

Bolieiro defendeu, no campo da deficiência, a necessidade de “criar políticas de inclusão para que as pessoas possam evoluir no sentido da inclusão pessoal, familiar, social, educativa e, quiçá, profissional”, salvaguardando que neste último campo há muitas pessoas que podem atingir esta meta.

Com a construção do edifício do Centro de Paralisia Cerebral de São Miguel pretende-se apostar numa “atuação de âmbito regional que assegurará às pessoas com paralisia cerebral, e situações neurológicas e afins, cuidados de saúde e reabilitação amplamente reconhecidos como indispensáveis para uma boa qualidade de vida”.

Outra das metas do Governo Regional com a aposta neste projeto passa por “preparar o seu público-alvo para uma boa integração na vida familiar, social, educativa e profissional (quando possível), e simultaneamente apoiar as suas famílias”.

O Centro de Atendimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para pessoas com deficiência e incapacidade tinha anteriormente capacidade para 35 utentes e terá um aumento de mais 15 utentes, enquanto o Centro de Atividades Ocupacionais terá capacidade para 30 utentes.

O lar residencial terá capacidade para 16 utentes, enquanto o Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) servirá 10 utentes.

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