Foto: José Araújo

O PPM, partido que integra o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), afirmou hoje que a região está a ser “asfixiada financeiramente” e “castigada” pelo Governo da República devido à “opção eleitoral” que a região tomou em 2020.

“A verdade é só uma. O povo dos Açores está a ser castigado e asfixiado financeiramente pelo Estado central por ter realizado, em 2020, uma opção política eleitoral diferente da que prevalece e monopoliza o poder no conjunto da República”, afirmou Paulo Estêvão, líder do PPM/Açores discursava na sessão solene do Dia dos Açores, que este ano decorre nas Lajes do Pico.

Paulo Estêvão considerou um “vergonhoso ato de falta de solidariedade” a dívida do Governo da República no âmbito da reconstrução do porto das Lajes das Flores, destruído em 2019 pelo furacão Lorenzo.

“A resposta dos Açores tem de se inequívoca e firme. Nós, povo dos Açores, exigimos que o Governo da República cumpra os seus deveres constitucionais nos Açores”, salientou.

Estêvão exigiu ao Governo da República respeito pela “vontade livremente expressa pelos açorianos nas urnas”.

“Exigimos que cessem todas as ações em curso, cujo único propósito é penalizar os açorianos pela escolha democrática que fizeram”, declarou.

O monárquico apelou ainda à união perante as dificuldades da atual conjuntura, marcada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento dos preços.

“Temos de permanecer unidos e confiar na capacidade e determinação de quem está ao leme do navio da autonomia e da democracia. De quem comanda esta nau da esperança no meio da tempestade. Em democracia, no tempo certo, chega sempre o tempo de prestar contas e avaliar resultados”, afirmou.

O Dia da Região Autónoma dos Açores foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980, através do Decreto Regional n.º 13/80/A, de 21 de agosto, para comemorar a açorianidade e a autonomia.

A data, feriado regional, é celebrada na segunda-feira do Espírito Santo.

Na sessão solene vão ser ainda atribuídas 27 condecorações a personalidades e instituições.

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