O CDS-PP/Terceira reiterou hoje que a ampliação da aerogare das Lajes é fundamental e acusou a Iniciativa Liberal (IL) de estar “contra o desenvolvimento” da ilha, depois de os liberais terem questionado o estudo da obra.

Em comunicado, os centristas lembram que no Orçamento da região para 2023 foi aprovado, por proposta da IL, um artigo que “obriga o Governo Regional a realizar análises de custo-benefício relativamente a projetos de investimento em obras públicas com montante igual ou superior” a 500 mil euros.

“A vice-presidência do Governo Regional está a dar cabal cumprimento a essa norma do Orçamento e curiosamente a IL da ilha Terceira desata a questionar o Governo Regional das razões de realizar tal estudo. A resposta parece óbvia, basta ler o Orçamento Regional”, salienta o CDS-PP.

Na nota, os democratas-cristãos acusam os liberais terceirenses de estarem “perfeitamente alinhados com o seu líder regional” e deputado único do partido no parlamento açoriano, Nuno Barata, “contra o desenvolvimento da ilha Terceira”.

“Agora que se perspetiva a remodelação, tão necessária, das instalações da Aerogare Civil das Lajes, os liberais revelam-se contra o desenvolvimento, os liberais revelam-se contra a ilha Terceira, os liberais revelam-se contra o mercado livre”, critica o CDS-PP.

A Comissão Política da Ilha Terceira do CDS assegura estar “focada na concretização da importante obra”, que considera ser “fundamental para a ilha Terceira e para o grupo central” do arquipélago, defendendo que a remodelação da aerogare é “necessária e urgente”.

“A IL está em contradição gritante com a ideologia que tão convictamente parece defender. Numa deriva incompreensível, a IL deixou de defender a iniciativa privada e passou e a ser um partido promotor do protecionismo económico”, acusa.

Na terça-feira, o executivo açoriano revelou que tinha sido assinado um contrato para a realização de um estudo prévio de viabilidade da ampliação e remodelação da Aerogare Civil das Lajes, na ilha Terceira, com a empresa Bransolutions – Prestação de Serviços Lda., por 59.500 euros (mais IVA).

Já hoje, a IL da ilha Terceira criticou “o envio para fora da região de valores superiores a 60 mil euros para a realização de estudos cuja designação não é clara”, questionando se não existia uma empresa açoriana “capaz e competente” para realizar o estudo.

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