O Sporting venceu hoje em Paços de Ferreira, por 4-0, e aproximou-se do terceiro lugar, a três jornadas do final da I Liga de futebol, num jogo dominado pelos ‘leões’.
O merecido triunfo do Sporting começou a materializar-se a partir de um autogolo de Marafona, aos sete minutos. Nuno Santos, aos 33, fez o segundo e o melhor tento do encontro, num ‘chapéu’ que fez ajoelhar Marafona, batido em mais duas ocasiões no segundo tempo. Trincão anotou o terceiro golo, aos 62, e Chermiti, já na compensação, aos 90+3, fechou a contagem.
Com este resultado, o Sporting manteve o quarto lugar, agora com 67 pontos, encurtando para quatro a distância para o terceiro Sporting de Braga, derrotado na visita ao líder Benfica (1-0), enquanto o Paços de Ferreira viu as contas da permanência complicarem-se mais uma vez, mantendo o penúltimo lugar, em zona de descida direta, com 20.
No lançamento do jogo, César Peixoto falou em plano perfeito para tirar pontos a um Sporting, a quem Rúben Amorim pedia coragem, que colocou como premissa para uma desejada vitória sem sofrer golos.
O técnico do Sporting jogou no esquema habitual, com Bellerín a surgir no lugar de Esgaio e, na frente, a aposta recaiu na mobilidade de Trincão, enquanto no Paços, Nuno Lima, Luís Bastos e Holsgrove foram as novidades da equipa inicial.
No primeiro minuto de jogo, Pedro Gonçalves, assistido por Nuno Santos no corredor esquerdo, ganhou o primeiro canto e, da sua marcação Diomande, ao segundo poste, falhou a emenda e a oportunidade de inaugurar o marcador, o que aconteceria aos sete, num lance caricato, por Marafona na própria baliza, após um mau atraso de Luís Carlos, com a bola a bater no poste e a ressaltar nas pernas do guarda-redes.
O guarda-redes pacense até foi uma das figuras da equipa no primeiro tempo e, simultaneamente, um pesadelo para os sportinguistas Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio e Edwards, que viram os seus remates defendidos aos 25, 33 e 37 minutos, respetivamente.
Marafona só não conseguiu parar o lance de antologia de Nuno Santos, que o brindou com um ‘chapéu’ na entrada da área, aos 33 minutos.
O golo com elevada nota artística era mais um rude golpe nas ambições dos pacenses, que até conseguiam ter bola, por vezes saíam com ela controlada da pressão alta que os ‘leões’ tentavam fazer, mas a equipa claudicava no último passe e também não era feliz nas parcas vezes que teve oportunidade de rematar à baliza.
Alexandre Guedes, aos 26 minutos, e Holsgrove, aos 45, protagonizaram as mais sérias ameaças dos locais, hoje incapazes de fazer face à qualidade técnica dos adversários, muito superiores na forma como venciam a oposição dos pacenses, construíam os lances e finalizavam as jogadas.
O segundo tempo teve menos momentos de interesse, com o Sporting, mais tranquilo e em vantagem no marcador, a continuar por cima e a chegar com naturalidade ao terceiro, aos 62 minutos, numa assistência de Pedro Gonçalves que Trincão aproveitou.
O jogador cedido pelo Barcelona rodou com a bola sobre Nuno Lima e bateu o desamparado Marafona.
Paulinho, ausente desde 01 de abril (vitória diante do Santa Clara, por 3-0), ainda foi a jogo, mas o melhor lance foi protagonizado por Chermiti, já na compensação, ao emendar para golo um cruzamento de Arthur, que pouco antes enviara a bola às malhas laterais, em lances ‘fabricados’ por jogadores saídos do banco.