Os helicópteros da Força Aérea portuguesa que efetuam missões de busca e salvamento na base das Lajes, nos Açores, já podem ser reabastecidos com o motor ligado, reduzindo o tempo em terra, revelou hoje a Força Aérea norte-americana.

“Se eles aterrarem e desligarem os motores, demoram cerca de uma hora, na melhor das hipóteses. Nós conseguimos fazer o reabastecimento em 10 minutos”, adiantou, em declarações aos jornalistas, o sargento Drake Burch, responsável pela preparação logística na base das Lajes.

A Força Aérea norte-americana assegura o abastecimento de combustível das aeronaves da Força Aérea portuguesa em missões de busca e salvamento na base das Lajes.

No dia 17 de abril, reabasteceram pela primeira vez um helicóptero em ‘hot pit’, ou seja, com os motores ainda ligados.

Esta modalidade é utilizada apenas em situações de emergência, mas a Força Aérea norte-americana tem capacidade para executá-la sempre que necessário, “24 horas por dia, sete dias por semana”.

Segundo Drake Burch, o reabastecimento com os motores ligados pode poupar cerca de 70% do tempo gasto em terra, o que em situações de acidentes com multi-vítimas pode ser crucial.

“É muito importante para as missões de busca e salvamento. Vamos imaginar que eles saem numa missão e há outra missão, ou que há um acidente em massa ou uma catástrofe natural, que provoque muitos feridos, eles podem ir buscá-los e, quando regressarem, nós podemos reabastecê-los sem que eles tenham de desligar o helicóptero e eles podem voltar para ir buscar mais doentes”, explicou.

Em média, por ano, são salvas “perto de 500 vidas” em missões de busca e salvamento levadas a cabo pela Força Aérea portuguesa a partir da base das Lajes.

Drake Burch destacou ainda o impacto da missão da Força Aérea norte-americana na economia da ilha Terceira, dando como exemplo um investimento de “perto de 500 mil dólares” na manutenção de veículos, entre os quais um tanque de abastecimento.

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