O BE/Açores denunciou hoje a “situação caótica” de “acumulação” de resíduos sólidos urbanos (RSU), no centro de processamento das Flores, devido aos condicionamentos na operacionalidade dos navios que realizam o escoamento regular.
O alerta do BE surge após uma visita ao centro de processamento de resíduos da ilha das Flores e já motivou o envio de um requerimento ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) para aferir que diligências estão a ser tomadas para resolver o problema.
O Bloco refere, em comunicado de imprensa, que a acumulação de resíduos “cobre o pavilhão e a área envolvente”, o que “dificultará o trabalho da Resiaçores – empresa responsável pelo tratamento dos resíduos urbanos”.
Segundo avisa o partido, “muito em breve” a empresa “terá dificuldades em acomodar a entrada de mais resíduos”.
Ao que foi possível apurar, e de acordo com o BE, é preciso escoar “cerca de 1.700 toneladas (105 contentores) de RSU” e “desde 10 de fevereiro que não é expedido qualquer refugo” e estão “180 fardos (15 contentores) prontos a embarcar, assim como 250 toneladas (25 contentores) de resíduos em espera para sair da ilha”.
Para os deputados do Bloco, devem ser tomadas “medidas urgentes” que garantam a saída prioritária dos resíduos recicláveis de modo que estes “não sejam infestados por eventuais pragas existentes no refugo, quando este for retirado das instalações do centro de processamento de resíduos”.
Os deputados do Bloco, António Lima e Vera Pires defendem a resolução desta situação “o mais breve possível”, justificando que em junho está prevista a entrada de mais de 200 toneladas de resíduos”.
“Desde a passagem da Tempestade Efrain que a operacionalidade dos navios que fazem o abastecimento, no porto comercial de Lajes das Flores, se encontra bastante condicionada devido à destruição do que restava do antigo molhe cais”, sublinham.