O PCP/Açores considerou hoje que o Governo Regional “está cada vez mais focado na sua sobrevivência política a breve prazo” e quer adotar medidas que terão “um enorme impacto negativo” nas populações e empresas”.
Para o partido, que realizou sábado a reunião da Direção Regional do PCP Açores (DORAA), “o comportamento do atual Governo Regional é inaceitável”, considerando que o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) “está cada vez mais focado na sua sobrevivência política a breve prazo, em função das chantagens dos diferentes parceiros de coligação e apoios de incidência parlamentar e do clientelismo de cada um deles”.
O PCP na Região, liderado por Marco Varela, critica também o Governo açoriano por pretender “implementar medidas que terão um enorme impacto negativo na vida” da Região, “prosseguindo e radicalizando o mesmo caminho que o PS já tinha traçado”.
O Governo açoriano “acrescenta dificuldades e obstáculos” à vida das pessoas e à atividade das pequenas e médias empresas, “colocando em grave risco a sua viabilidade económica”, considera o partido, assinalando como “um dos muitos exemplos” o acesso à saúde e a questão da reestruturação da companhia aérea açoriana SATA.
No caso da SATA, o PCP refere ser um assunto que preocupa o partido “há muito tempo”, desde a governação regional socialista que “abriu as portas às decisões ruinosas”.
O partido está preocupado, nomeadamente com a manutenção de postos de trabalho na companhia aérea, com as ligações aéreas e com o transporte de doentes, que a transportadora assegura, adianta a nota relativa às conclusões da reunião da DORAA.
“Ouvimos o Governo regional dizer que tudo o que é vital para a Região está assegurado, sejam os direitos dos trabalhadores e os seus postos de trabalho, sejam as ligações entre o continente e Santa Maria, Faial, Pico, ou entre os Açores e a diáspora. Só que esta é uma garantia de 30 meses”, alerta o PCP/Açores.
O partido reafirmou que para o PCP “as empresas estratégicas para o desenvolvimento da Região devem continuar públicas”.
O PCP/Açores alertou ainda para a situação social e económica que se “agrava na Região”, acusando o Governo Regional de fazer “muito pouco para travar” o impacto da crise.
O PCP/Açores saúdou também “a luta” dos trabalhadores do sector do comércio e serviços da ilha Terceira e trabalhadores da conserveira COFACO que “já anunciaram mais uma greve”.