O presidente do Governo dos Açores elogiou a qualidade da nova Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, um “investimento de justo” de 20 milhões de euros, e alertou que é preciso fiscalizar o “absentismo” dos assistentes escolares na região.
“São 48 salas numa área mais de cinco mil metros quadrados de intervenção e que teve um orçamento que ultrapassou os 20 milhos de euros. É uma estrutura boa e que ajudará a que professores na vocação de ensino e alunos na vocação de aprendizagem possam encontrar um ambiente qualificado”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava hoje aos jornalistas na cerimónia de inauguração da Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, localizada na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.
Com mais de dois mil alunos, o estabelecimento de ensino serve as freguesias de Rabo Peixe, Calhetas e Pico da Pedra.
A 30 de abril de 2019, o Governo dos Açores, então liderado pelo PS, anunciou o lançamento de um segundo concurso público para a requalificação da Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, estimando o valor do mesmo em 13,9 milhões de euros.
Antes, o primeiro concurso público para a requalificação da escola, anunciado em outubro de 2018, partiu de um valor base de 12 milhões de euros, tendo ficado deserto.
Hoje, Bolieiro lembrou que a construção da escola, que arrancou no início de 2020, teve “muitas condicionantes” porque atravessou “várias crises”, como a pandemia da covid-19 e a guerra na Ucrânia, que provocaram “constrangimentos de preço e de disponibilidade de mão-de-obra e material”.
“A qualidade da escola justifica o investimento. Creio que este investimento é justo e merecido para esta comunidade educativa e sobretudo para o atingimento dos objetivos que temos de mais inclusão e mais sucesso educativo”, reforçou.
Questionado pela falta de assistentes operacionais nas escolas, o chefe do executivo dos Açores afirmou que o governo “fez que tinha de ser feito” ao reduzir o rácio do número de alunos por assistente, mas prometeu “fazer de tudo para ir resolvendo os problemas”.
“O nosso desafio foi ter método e objetivo. E fizemo-lo bem. Agora, perante a casuística das situações, vamos com certeza resolvê-las de acordo com as necessidades e dos casos que vão surgindo, muitas vezes resultantes de um absentismo que precisa de ser fiscalizado”, destacou.