O presidente do Governo dos Açores afirmou hoje que o arquipélago, onde os docentes não estão em greve, é um “caso de estudo” na Educação devido à “dignificação” da carreira dos professores.

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia de inauguração na nova escola de Rabo de Peixe, na Ribeira Grande, José Manuel Bolieiro admitiu que os Açores deviam servir de exemplo ao Governo da República na “dignificação” da carreira dos professores.

“Os Açores podem ser um caso de estudo para podermos ter uma política pública para a educação no país muito mais colaborante com aqueles que são os seus atores principais que é a própria comunidade educativa”, afirmou.

Os professores do distrito do Porto estão hoje em greve, marcando o início de mais uma ronda de paralisações distritais que terminam a 12 de maio nas escolas de Lisboa, sem que haja serviços mínimos.

A recuperação plena do tempo de serviço que esteve congelado e a eliminação das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões continuam a ser os principais motivos que levam os docentes a mais um protesto.

Bolieiro destacou o trabalho do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) na “dignificação” e “estabilidade” da carreira dos professores.

“Nós, nessa política de prioridade governativa que foi a educação, apostamos sobretudo na componente do ensino, em valorizar o docente, dando dignificação no evoluir da carreira, estabilidade no vínculo laboral e motivação para o sucesso do ensino”, destacou.

O líder regional reconheceu, contudo, que a região precisa de dar “passos significativos no sucesso educativo e na inclusão social”.

“Os Açores, ao longo de tantos anos, ficaram para trás no que diz respeito à alavanca do sucesso educativo e temos muito de percorrer para atingir as melhores médias nacionais e comunitárias”, vincou.

Os sindicatos têm vindo a defender recuperação dos cerca de seis anos e meio em que os professores tiveram a carreira congelada, lembrando que esse foi um direito já garantido aos docentes dos Açores e da Madeira.

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