A Fonte do Bastardo ganhou hoje vantagem na final do campeonato português de voleibol, ao vencer em casa o Benfica, por 3-2, no primeiro encontro da eliminatória decisiva.

Na Praia da Vitória, nos Açores, a equipa da casa esteve a perder por 2-0, mas garantiu o triunfo, por 22-25, 18-25, 25-21, 25-21 e 15-12, em duas horas e 20 minutos.

A Fonte do Bastardo visita o Benfica em 22 e 29 de abril e, com duas vitórias, garante o terceiro título nacional. Caso seja necessário, o quarto jogo disputa-se no Açores, em 03 de maio, e o quinto e último três dias depois em Lisboa.

(declarações)

Nuno Abrantes (treinador da Fonte do Bastardo): “É algo que nos caracteriza, esta alma, esta entrega e o coração que eles têm, especialmente em momentos em que estão quase encostados à parede. Têm uma capacidade de superação muito grande e as coisas acabaram por nos fluir, muito fruto disso. O público incrível que cá esteve hoje ajudou, foi um ambiente fantástico. O jogo foi muito bom. No segundo set, nós não soubemos lidar com uma ou outra situação e entregámos um bocadinho. O Benfica esteve muito mais consistente ao longo do jogo todo. Nós entrámos muito fortes no primeiro set, o Benfica conseguiu aguentar e na parte final acabou por virar. O segundo set foi um bocadinho a ressaca disso, mas o jogo foi muito bem disputado. Como esperávamos, houve muita agressividade de serviço e isso foi ajudando a materializar os sets para um lado ou outro. Estivemos muito bem, fomos cumprindo o que tínhamos previsto. Os jogadores estão de parabéns, mais uma vez. Não é normal uma remontada contra o Sporting ou contra o Benfica, em tão curto espaço de tempo, mas é mesmo a identidade e o caráter dos jogadores e estamos aqui para a luta.

Acreditamos que é possível vencer na Luz, será difícil, temos de fazer um jogo perfeito, mas vamo-nos preparar para isso”.

Marcel Matz (treinador do Benfica): “Foi um jogo bom. Acho que foi um jogo bem jogado, com oportunidades não aproveitadas pelos dois lados em alguns momentos. Estávamos parados há algum tempo e viemos jogar este jogo, que considerávamos de extrema dificuldade, na casa deles. Agora temos a vantagem de jogar três jogos em casa e vamos buscar as vitórias para o Benfica ser campeão. Era um jogo extremamente difícil, o primeiro set foi bem difícil, no segundo conseguimos jogar bem. A vitória podia-nos deixar numa condição mais favorável, mas a série é longa, são cinco jogos. Agora vamos fazer um trabalho bem feito, durante a semana, para jogar em casa, tentar a vitória e empatar a série 1-1.

Eu acho que a gente perdeu algumas oportunidades. Não estou a tirar o mérito da equipa da Fonte do Bastardo, jogou bem, o Edson é importante, roda a bola, mas também teve a contribuição do bom desempenho no ataque dos outros jogadores da zona 4. O jogo foi equilibrado, não foi simples para nenhum dos lados. Acho que eles foram melhores no final do jogo. No quarto set tivemos a chance de empatar uma bola de graça e não empatamos. Também aconteceu com eles no início do jogo. Eles em casa são fortes, conhecem bem o espaço e tiveram um grande apoio das bancadas. Agora é a nossa vez de fazer um jogo bom em casa.

O objetivo principal é ser campeão. Podemos ser aqui, em frente à claque deles, se formos competentes para isso, mas é uma série. São três jogos em casa do mais bem colocado. Conseguimos essa condição de jogar três jogos em casa e em casa somos muito fortes. Vamos trabalhar com confiança para no sábado fazermos uma vitória e empatarmos a série”.

COMENTÁRIO

Fonte do Bastardo vence com reviravolta primeiro embate com Benfica

A Fonte do Bastardo venceu hoje em casa o Benfica, por 3-2, graças a uma grande reviravolta no primeiro jogo da final do campeonato português de voleibol masculino.

Na Praia da Vitória, nos Açores, perante um pavilhão com casa cheia e muita emoção nas bancadas, os ‘encarnados’ chegaram a estar a vencer por 2-0 (22-25 e 18-25), mas a Fonte do Bastardo deu a volta ao jogo e conquistou os três últimos parciais, por 25-21, 25-21 e 15-12.

A equipa da casa entrou melhor no jogo, segurando a liderança do primeiro parcial, com margens confortáveis (13-9 e 17-13), mas o Benfica conseguiu inverter o resultado aos 19-20 e finalizou aos 22-25.

O segundo parcial arrancou muito equilibrado, com as duas equipas praticamente coladas, mas, a partir dos 10-11, a equipa da Luz foi-se isolando no marcador. Com os remates fortes de André Aleixo (Japa) e o serviço certeiro do capitão Hugo Gaspar, mas também com alguns erros da Fonte, as ‘águias’ chegaram a somar sete pontos de avanço (11-18), acabando por vencer, sem dificuldade, por 18-25.

Os açorianos passaram para a frente do marcador aos 7-6 no terceiro set e foram acentuando a vantagem (14-10), sobretudo graças ao ataque de Edson Valência, segurando-a até aos 25-21.

No quarto parcial, o Benfica chegou a ter quatro pontos de vantagem (8-12), mas a equipa da casa empatou aos 13 e assumiu a liderança, em definitivo, aos 17-15. Com os ‘encarnados’ sempre em desvantagem, a tentar inverter o resultado, a Fonte acabou por conseguir arrastar o jogo para a ‘negra’, vencendo por 25-21.

Os açorianos carimbaram a vitória, por 3-2, com um resultado de 15-12, num set muito disputado, que terminou com um às de Edson Valência, melhor marcador da partida com 37 pontos.

A Fonte do Bastardo visita o Benfica em 22 e 29 de abril e, com duas vitórias, garante o terceiro título nacional. Caso seja necessário, o quarto jogo disputa-se nos Açores, em 03 de maio, e o quinto e último três dias depois em Lisboa.

  • Jogo realizado no Complexo Desportivo Vitorino Nemésio, na Praia da Vitória.
  • Fonte do Bastardo – Benfica, 3-2.
  • Parciais: 22-25 (28 minutos), 18-25 (26), 25-21 (30), 25-21 (32) e 15-12 (17).
  • Sob a arbitragem de Luís Meireles e Nuno  Teixeira

As equipas alinharam:

– Fonte do Bastardo: Frederico Gomez, Marcos Pereira, José Neves, Bruno Rubbo, Caíque Silva e Edson Valência. Jogaram ainda Dennis Villalobos (líbero), Alejandro Lahoz, João Noleto e Victor Pereira.

Treinador: Nuno Abrantes.

– Benfica: Raphael Oliveira, Peter Wohlfahrstatter, Hugo Gaspar, Tiago Violas, André Aleixo, Thales Falcão. Jogaram ainda: Ivo Casas (líbero), André Lopes, Bernardo Westermann, Aaro Nikula e Pablo Machado.

Treinador: Marcel Matz.

Assistência: Cerca de 700 espetadores.

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