Os intervenientes diretos no jogo “têm de dar o seu melhor” até ao final da I Liga de futebol, apelou hoje o treinador do campeão nacional FC Porto, Sérgio Conceição, atentando no trabalho das equipas de arbitragem.

“À medida que caminhamos para o final do campeonato, os jogos ganham o seu peso e têm uma dimensão grande. Todos os erros que possam provocar pontos perdidos podem ser decisivos. Isso é óbvio e evidente. Acho que todos os intervenientes diretos no jogo têm de dar o seu melhor. A equipa técnica, os jogadores e todos os departamentos que trabalham connosco estão no seu máximo. É isso que queremos”, reconheceu o técnico.

Sérgio Conceição falava durante a conferência de imprensa de antevisão à receção dos ‘dragões’ ao lanterna-vermelha Santa Clara, aprazada para sábado, tendo sido instado a comentar a nomeação das equipas de arbitragem para os jogos da 28.ª ronda da I Liga, uma vez que o árbitro Cláudio Pereira, designado para dirigir o encontro com os açorianos, não é internacional, ao contrário de João Pinheiro, que vai arbitrar a visita do Benfica a Chaves.

“Já levei um processo da APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol] por dizer no final de uma partida que a intervenção do videoárbitro [VAR] era boa, mas que teria de haver o mesmo critério em situações idênticas. Nem me alonguei tanto como me estou a alongar agora. Provavelmente, vou ter outro processo no final desta conferência”, atirou.

Sem querer “entrar em detalhes” sobre os árbitros nomeados para dirigir os jogos do FC Porto e do líder isolado Benfica, ambos no sábado, o treinador recordou ter havido “erros no passado”, apesar de “todas as pessoas errarem”.

“O VAR é uma ferramenta importante, mas quem está por trás é sempre uma pessoa, ou várias. Se o critério for o mesmo num determinado erro, tudo bem. [O árbitro] Pode errar, tal como eu erro a fazer a equipa ou a definir a estratégia. Não pode é haver dois pesos e duas medidas. É importante cada um dar o melhor no seu papel nesta reta final”, insistiu.

Sérgio Conceição foi igualmente confrontado sobre a ultrapassagem dos Países Baixos a Portugal no sexto lugar do ranking da UEFA, que foi selada na quinta-feira e vai passar a atribuir cinco vagas aos clubes lusos nas provas europeias, ao contrário das atuais seis.

Dessa forma, a partir da época 2024/25, apenas o vencedor da próxima edição da I Liga portuguesa vai ter entrada direta na fase de grupos da Liga dos Campeões, sendo que o segundo colocado precisará de disputar duas pré-eliminatórias para lá chegar, enquanto duas das outras vagas disponíveis incidem na Liga Europa e outra na Liga Conferência.

“A consequência financeira é evidente. Todos nós temos de contribuir para que Portugal possa ter a possibilidade de subir um bocadinho mais nesse ranking. Nós temos feito a nossa parte, penso. Nós, o FC Porto, como equipa. Acho que toda a gente deve pensar nisso, porque é extremamente importante em termos desportivos e financeiros”, reagiu.

O FC Porto, segundo colocado, com 64 pontos, recebe o lanterna-vermelha Santa Clara, com 15, no sábado, a partir das 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo com arbitragem de Cláudio Pereira, da Associação de Futebol de Aveiro.

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