O Governo dos Açores apelou hoje a um reforço de verbas do Governo da República na área social, devido à dispersão geográfica do arquipélago, que obriga à realização de investimentos em várias ilhas, revelou o vice-presidente do executivo.

“Viemos solicitar e sensibilizar a ministra para um reforço das verbas para estas respostas sociais nos Açores”, adiantou, em declarações à Lusa, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, que tutela a área da Solidariedade Social, após uma reunião realizada em Lisboa com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho (PS).

O governante alertou para a necessidade de um investimento “maior e disperso” nos Açores, em comparação com o continente português ou até mesmo com a Madeira, devido ao facto de o arquipélago ter nove ilhas.

“Dei o exemplo da região autónoma da Madeira que tem de fazer um centro para a inclusão para a deficiência. Nos Açores, temos de ter um em São Miguel e outro na Terceira”, explicou.

Artur Lima reivindicou um “reforço geral das respostas sociais nos Açores” e apelou ao financiamento dos cuidados continuados na região.

“São uma resposta nacional, financiada a nível nacional, e nós entendemos também que deve ser financiada nos Açores”, justificou.

Por proposta da ministra da Solidariedade e Segurança Social, e executivo açoriano indicou uma “coordenadora regional para a Garantia para a Infância”, para que o projeto seja implementado na região, em articulação com as autarquias e com a coordenadora nacional.

Foi ainda acordada nesta reunião uma “cooperação técnica” entre a vice-presidência do executivo açoriano e o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com reuniões trimestrais.

“A próxima será em junho, possivelmente nos Açores, dependendo da disponibilidade de agenda da ministra”, avançou Artur Lima.

Também o Instituto da Segurança Social dos Açores (ISSA) e o Instituto da Segurança Social (ISS) nacional terão “reuniões técnicas”, para “agilizarem procedimentos e processos, que às vezes se perdem na burocracia”.

O titular da pasta da Solidariedade Social nos Açores fez um “balanço muito positivo” da reunião, alegando que, de uma maneira geral, foi “muito empática, muito produtiva” e “dará, a breve trecho, bons resultados”.

“Julgo que haverá uma resposta positiva por parte da senhora ministra, aliás a vontade de colaboração foi manifesta, desde logo propondo a criação de uma coordenadora para a [Garantia para a] Infância nos Açores, para articular com a coordenação nacional as medidas de apoio à infância”, salientou.

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