O grupo parlamentar do PSD/Açores alertou o Governo regional para a dimensão que a violência doméstica atinge na Região e exigiu, por isso, ao executivo açoriano uma “concretização de respostas adequadas” e a “execução de medidas concretas”.
“A violência doméstica e de género continua a ser um flagelo social na Região Autónoma dos Açores mas estranhamente merece apenas um parágrafo no Plano Regional Anual para 2018 proposto pelo Governo”, notou Carlos Ferreira no debate sobre o Plano e Orçamento da Região para 2018 aprovados pelo PS.
Segundo o deputado do PSD/Açores, o Relatório Anual de Segurança Interna de 2016 “demonstra um novo aumento dos dados oficiais sobre a violência doméstica na Região na ordem dos 4,5%” o que exige do Governo outro tipo de atuação e de acompanhamento.
Carlos Ferreira frisa que o II Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género para 2014-2018 “não se afirma como a solução para todos os problemas nesta matéria” e questionou a secretária regional da Solidariedade Social sobre os prometidos Núcleos de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica nos Hospitais açorianos.
“Onde estão os Núcleos prometidos pelo Governo Regional no II Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género? Os Açores e todas as vítimas diretas e indiretas da violência doméstica e de género continuam à espera de respostas adequadas”, reforçou, para ficar sem resposta.
O deputado do PSD/Açores sublinhou ainda que “os técnicos que trabalham no terreno apontam a violência filio-parental como uma tipologia em claro crescimento” e alertam para a necessidade “de uma abordagem concreta e de meios” que ainda não existem, além da “formação nesta área específica” que deve ser assegurada a esses mesmos técnicos.