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O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores António Viveiros no parlamento regional considerou hoje que o PS revela “falta de vergonha” ao falar da SATA, tendo sido a sua gestão que conduziu ao resgate financeiro da empresa.

António Viveiros considera que o PS, “tentando sistematicamente encobrir o mal que fez à SATA enquanto era governo, limita-se, na oposição, a fazer uma política da terra queimada”, sendo que o partido “desde a primeira hora que está desejoso que o processo corra mal”.

“É lamentável a absoluta falta de vergonha deste PS que, não satisfeito por quase ter destruído a SATA nos governos de Vasco Cordeiro, insiste agora em fazer acusações sem fundamento relativamente a um processo que está a decorrer com a máxima transparência”, disse o deputado, citado em nota de imprensa.

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O deputado socialista açoriano Carlos Silva defendeu na quarta-feira, em conferência de imprensa, a necessidade de o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) divulgar publicamente o plano de reestruturação do grupo SATA e a decisão da Comissão Europeia que o aprovou.

Segundo Carlos Silva, desde que o atual Governo Regional está em funções, a Azores Airlines, que assegura as ligações dos Açores com o exterior, “acumulou prejuízos na ordem dos 94 milhões de euros, cerca de 4,5 milhões por mês”.

Hoje, o parlamentar social-democrata recordou que a documentação relativa à reestruturação do grupo SATA “é pública e está disponível no ‘site’ da Comissão Europeia, tendo sido ouvidos todos os partidos com assento parlamentar sobre o processo”.

António Viveiros diz que “é condenável esta postura do PS”, uma vez que, quando foi governo, “ignorou todos os alertas sobre a degradação financeira da SATA e fez um processo de privatização fantasma da Azores Airlines”.

“Agora que há um Governo dos Açores que tem soluções concretas para o grupo, o PS está obstinado em tentar fazer que tudo corra mal”, frisa o deputado.

De acordo com o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores, “a solução para a SATA que se encontra em cima da mesa é racional e não penaliza os bolsos dos açorianos”, sendo “esta uma preocupação que o PS não tem, pois prefere sobrecarregar os contribuintes com mais dívidas”.

O deputado do PSD/Açores lembrou ainda o “processo penoso que, entre 2012 e 2020, conduziu a SATA ao atual estado, deixando um legado pesado aos açorianos”.

António Viveiros ressalva que “no final de 2012, quando Vasco Cordeiro assumiu a presidência do Governo Regional, o grupo SATA tinha capitais próprios positivos de 30 milhões de euros”, quando “no final de 2020, os capitais eram negativos em 370 milhões de euros, com um passivo consolidado de 636 milhões de euros”.

Esta situação “obrigou o atual Governo dos Açores a procurar soluções muito difíceis para salvar o essencial, aceitando um plano de reestruturação semelhante ao que é imposto a outras empresas europeias”, refere o parlamentar.

António Viveiros diz que o Governo dos Açores se viu “obrigado a alienar pelo menos 51% do capital social da Azores Airlines, processo que está a ser desenvolvido com toda a transparência e realismo”.

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