A deputada do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral, alertou esta manhã para o risco iminente que correm as unidades turísticas de Alojamento Local (AL) em Portugal, face “às propostas da esquerda em debate”, que criam “razões para que os empresários do setor temam pelo seu futuro e pelo futuro das suas famílias”, afirmou.
Para a social democrata “não se pode estragar uma atividade de sucesso, que é comprovadamente um fator de crescimento económico, de criação de emprego, de fixação de pessoas nos seus territórios e de reabilitação urbana das nossas cidades, vilas e aldeias. O PSD está do lado dessas pessoas lutadoras, do lado dos que constroem e não dos que destroem”, sublinhou.
Berta Cabral lembra que o AL fez surgir, nos últimos anos, “milhares de pequenas e microempresas, motivou a reabilitação de centenas ou mesmo milhares de imóveis abandonados, criou dezenas de milhar de empregos, pagou milhões em impostos, e tudo isso sem apoio publico, sem benefícios fiscais, sem subsídios do Estado”.
A deputada considera que o AL “promoveu a democratização da atividade turística, um setor que se tem revelado como um dos mais dinâmicos da economia nacional”, pelo que “é legitimo questionar o que está por de trás destas iniciativas [da esquerda] que hoje debatemos, e que lobbies se estão a movimentar contra o alojamento local”, frisa.
A social democrata partilhou ter recebido “dezenas e dezenas de emails, com testemunhos impressionantes de pessoas que encontraram na atividade o emprego que perderam, a subsistência da sua família, a ocupação de muitos jovens licenciados e a motivação para continuarem a lutar por uma vida melhor”.
“No entanto”, e prosseguiu, “a habitual aversão da esquerda à iniciativa privada continua a querer imperar, sendo visível até um desentendimento do primeiro ministro com o seu grupo parlamentar sobre a proposta do PS”, refere.
Berta Cabral reforça que “os empresários têm razões para temer pelo seu futuro, porque com as propostas da esquerda em debate neste Parlamento, não há duvida de que irá imperar a lei dos mais fortes”, uma vez que “cerca de 80% dos titulares possuem apenas uma unidade de AL e 10,9% possuem duas ou três unidades”.
“Com essas propostas as unidades hoteleiras ganham, os pequenos empresários perdem e o AL ficará reservado exclusivamente para os que têm possibilidade de adquirir prédios inteiros”, diz a deputada do PSD eleita pelos Açores.
Berta Cabral revelou que o PSD “está do lado da regulamentação, da fiscalização, da resolução de eventuais problemas pontuais, mas não do lado dos que combatem a iniciativa privada por puro preconceito ideológico ou por outros interesses individuais ou de grupo”, concluiu.