A greve dos professores está a registar, nos Açores, uma adesão superior a 60%, segundo afirmou hoje o sindicato local, número muito superior ao apontado pela tutela, que contabiliza a adesão nos 24,9%.
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), José Gaspar, adiantou à agência Lusa que a paralisação tem “uma adesão superior a 60%, em sintonia com o que se passa a nível nacional” e assegurou que algumas escolas de várias ilhas estão encerradas.
“Ainda não temos dados de todas as escolas, mas é esta a perspetiva”, acrescentou o dirigente sindical.
A vice-presidente do Sindicato dos Professores da Região dos Açores (SPRA), Luísa Cordeiro, referiu à Lusa que, por exemplo, “em São Miguel, há 17 escolas encerradas do pré-escolar e primeiro ciclo”.
“A escola Canto da Maia, na cidade de Ponta Delgada, está também encerrada e fecharam também escolas no Faial e Santa Maria”, adiantou.
Fonte da secretaria regional da Educação e Cultura indicou à Lusa que, atá às 12:00 locais (mais uma hora em Lisboa), a percentagem de adesão era de 24,9% no arquipélago açoriano.
Os professores iniciaram na segunda-feira uma paralisação que hoje ocorre nos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.
O protesto visa exigir que nove anos, quatro meses e dois dias de trabalho sejam contabilizados na progressão de carreira, sendo que hoje o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que define a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado.
A greve foi convocada por 10 estruturas sindicais de professores no dia em que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esteve no parlamento, a pedido do PCP, para debater o arranque do ano letivo.