O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada congratulou-se com a realização do 16.º Congresso dos Arquitectos em Ponta Delgada.
Pedro Furtado, que falava na sessão de abertura do evento que tem lugar pela primeira vez nos Açores, deu, em nome de Presidente do Município, as boas-vindas aos mais de 800 congressistas e destacou a pertinência da temática escolhida, “Qualidade e Sustentabilidade: CONSTRUIR O [NOSSO] FUTURO”, e evidenciou o papel da arquitetura e dos arquitetos na construção de “um melhor devir, mais harmonioso e inclusivo”.
“Neste momento sensível da história moderna é fundamental que cada um de nós, em cada território – seja geográfico, seja ao nível das nossas responsabilidades cívicas, institucionais e profissionais – faça a sua parte e assuma a responsabilidade de fazer cumprir um futuro que é todos nós”, apelou, lembrando que “é esta responsabilidade que o Município de Ponta Delgada assume na sua ação de proximidade, baseada nos estandartes da defesa ambiental, da qualidade de vida e da efetiva inclusão social”.
O autarca sustentou que “é nossa obrigação deixar para as novas gerações cidades sustentáveis social e ambientalmente”, afirmando que “a Câmara Municipal de Ponta Delgada assume este compromisso intergeracional, numa ação que passa por combater as alterações climáticas, pela descarbonização, pela preservação do património edificado, pela utilização de transportes mais ecológicos e por humanizar as cidade, devolvendo-a às pessoas”.
A construção das cidades e a projeção de uma conceção de ideias para um futuro para as novas gerações exige, vincou o Vice-Presidente, articulação entre os arquitetos e os poderes públicos. Para Pedro Furtado há que humanizar as cidades e promover a sua sustentabilidade.
Neste contexto, e falando numa região que tem na sustentabilidade ambiental uma imagem de marca, o autarca salientou três medidas estratégicas prosseguidas pelo Munícipio: a Adesão ao Acordo Verde em abril de 2022, a Visão Estratégica para os Espaços Verdes na cidade de Ponta Delgada e o Plano Municipal de Ação Climática.
Medidas que visam o aumento da extensão e da qualidade das infraestruturas verdes, a ampliação da utilização de soluções baseadas na natureza, garantir que os novos projetos de infraestruturas urbanas tenham um impacto líquido positivo na biodiversidade, prevenir a introdução e a propagação de espécies exógenas invasoras nas áreas urbanas, identificar áreas com potencial para a recuperação de ecossistemas e/ou a plantação de árvores e contribuir para a proteção e gestão eficaz dos espaços verdes em meio urbano e outras áreas protegidas.
A estes documentos estratégicos que evidenciam preocupações ambientais, acresce o Plano de Pormenor de Salvaguarda do Núcleo Histórico de Ponta Delgada e o PDM, na sua segunda revisão, que consagra pela primeira vez um conceito inovador de “estrutura verde” que introduz um conjunto de limitações e de medidas protetoras de conjuntos de espaços públicos e privados.
“Entendemos, por isto, que a Ordem dos Arquitectos se pode inspirar neste nosso ambiente para projetar para o futuro novas ideias; para que haja, cada vez mais, cidades sustentáveis do ponto de vista ambiental, sem que este desiderato coloque em causa o desenvolvimento e o progresso dentro daquela que é a procura incessante de uma melhor qualidade de vida para os cidadãos”, concluiu.
Ciente da importância da profissão de arquiteto e da necessidade da sua valorização, garantiu que a Câmara Municipal vai trabalhar para a valorização da carreira do arquitecto.
O 16.º Congresso dos Arquitectos decorre até domingo tendo Ponta Delgada como palco principal, com um vasto programa disponível em https://changematters.arquitectos.pt.
Na mesa de honra da sessão de abertura deste evento também estiveram o Secretário Regional do Ambiente Alterações Climáticas, Alonso Miguel; o Presidente da International Union of Architects, José Luis Cortés; o Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, Gonçalo Byrne; o Presidente do Conselho Diretivo Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos, Nuno Costa;e o Presidente do Congresso e da Assembleia Geral da Ordem dos Arquitectos, Guilherme Machado Vaz.