A deputada do PS/Açores Joana Pombo disse hoje que o Paleoparque de Santa Maria está há dois anos por regulamentar por parte do Governo Regional, “prejudicando” a oferta turística da ilha.
Citada em nota de imprensa, a parlamentar socialista defendeu que se deve regulamentar o plano de ação do Paleoparque de Santa Maria, uma vez que este é um “fator de atração turística único na região” e que “diferencia Santa Maria das restantes ilhas”.
Na sequência de uma visita a uma jazida de fósseis, em Santa Maria, Joana Pombo disse que foi para “valorizar este património único” que o Governo Regional anterior, suportado pelo PS, criou o Paleoparque de Santa Maria, em 2018, assente numa “estratégia articulada”, em conjunto com a Rota dos Fósseis, Circuito interpretativo da Pedreira do Campo e Casa dos Fósseis.
A deputada da oposição – que rejeita a visão do deputado da IL/Açores, Nuno Barata, que apontou que os centros de interpretação “servem para pouco” – considera que estes “são a porta de entrada para o conhecimento do património natural”, que permitem a residentes e visitantes “desfrutar, respeitar e conservar o património natural”.
De acordo com Joana Pombo, “todas estas riquezas naturais são uma mais-valia para a economia local, uma vez que representam uma oferta turística passível de ser explorada pelas empresas locais, gerando riqueza interna, trazendo à ilha turismo direcionado”.
Joana Pombo afirma ser “necessária a monitorização das áreas de parque e do paleoparque, para que possam ser controladas as principais ameaças”, sendo importante “pôr em prática os Planos de Gestão dos Parques Naturais e o Plano de Ação do Paleoparque”.
Em novembro de 2020, “foi entregue o último relatório no âmbito da elaboração do plano de ação do Paleoparque”, contemplando, entre outros pontos, a “delimitação dos limites geográficos, definição dos tipos de usos e restrições de cada jazida, medidas de conservação e de monitorização e respetivos custos”, segundo a deputada.
“Com o expectável aumento de turismo, é urgente e premente que as jazidas fossilíferas de Santa Maria sejam preservadas”, conclui a deputada socialista.
O decreto legislativo regional que cria o Paleoparque de Santa Maria refere que este foi criado com o “objetivo de proteger e manter a paleobiodiversidade e a integridade dos valores geológicos, bem como dos recursos e valores naturais e culturais que lhe estão associados”.
Com a criação deste Paleoparque, que integra 20 jazidas fósseis, é possível preservar os elementos paleontológicos e geológicos da ilha de Santa Maria, onde se inclui a maior jazida multiespecífica de fósseis a céu aberto do Atlântico Norte.