Joaquim Bastos e Silva retomou a sua faceta de comentador, em artigos de opinião. Decidiu dar o mote com uma letra de uma música de Sérgio Godinho (Liberdade), quando na verdade queria usar uma letra de Paulo Carvalho… Paz, Pão, Povo e Liberdade, que seria mais sério, para demonstrar exactamente de onde vem… de um PPD que esteve 24 anos na oposição, e que teima em querer voltar para a oposição.
Começa por debitar umas ideias que copiou do Financial Times ou de um qualquer discurso de Emanuel Macron, para depois se debruçar sobre a política regional.
Talvez fazendo fé na célebre frase “o povo tem memoria curta”, fez de conta que não foi o responsável das finanças e disse que a propósito “da convergência económica – ou da falta dela” seria necessário não cair na “armadilha do crescimento” e por isso “será importante conhecer a taxa de execução do plano 2022 para perceber se continuamos a repetir os erros do passado.”
Neste momento será então importante referir que, enquanto Secretário Regional das Finanças, de 330M€ de fundos comunitários, executou 98M€…
Depois ainda discorre sobre questões de estabilidade no Governo da Coligação, acusando os parceiros do PSD de serem causadores de instabilidade.
Nem consigo adjectivar o despudor, a irracionalidade, o delírio de tal apreciação… ou já se esqueceu de quem foi o foco da maior instabilidade com que o XIII Governo foi confrontado, que foi ele próprio e o processo das Agendas Mobilizadoras?
Quem é que trabalhou nas costas dos colegas de Governo, do próprio Presidente do Governo, e causou um embaraço cujo único e exclusivo responsável foi ele mesmo? Quem é que não teve a decência de se retirar de cena? O PAN, por exemplo, que se tinha abstido no primeiro Orçamento, votou contra o segundo por descrédito de Bastos e Silva… no terceiro orçamento, e com este já demitido, o PAN votou a favor, fazendo com que 6 partidos votassem a favor do Orçamento e apenas 2 contra.
Por fim, insistindo na irracionalidade da sua esposa (que valeu uma reprimenda do próprio Vice-Presidente da Ordem dos Médicos nos Açores), adjectiva de absurda a nomeação da administração do HDES. A história encarregar-se-á de apurar os factos, sendo que desde já se sabe que nunca aquele hospital produziu tantos e tão bons resultados na assistência aos açorianos, e só espero que quem agora assume funções, consiga pelo menos fazer igual.
Assim, de finanças, ficou comprovado que o Sr. Engenheiro não percebia nada, e agora comprova que de análise política ainda percebe menos e só passa por discreto quando está na oposição, que é de onde o seu PPD, por conta de ilustres nulidades como ele, não teria saído, não fossem José Manuel Bolieiro, Artur Lima e Paulo Estêvão.