O presidente da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social (URIPSSA) dos Açores defendeu hoje que os acordos de cooperação para as instituições devem ter sempre por base os aumentos do salário mínimo regional e da inflação.

João Canedo Reis falava aos jornalistas na sequência de uma audiência conjunta com a URMA -União Regional das Misericórdias dos Açores, realizada por videoconferência, com o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, no âmbito da auscultação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.

O responsável também considerou necessário que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as misericórdias façam parte dos apoios disponibilizados às empresas privadas para a transição digital.

“Queremos ter instituições mais sustentáveis e com uma gestão cada vez mais cuidada”, justificou João Reis.

O dirigente da URIPSSA salientou ainda que, independentemente de estarem em causa instituições com uma função social, têm que “ter cuidado com a gestão” para serem “sustentáveis” e continuarem a desenvolver o seu trabalho junto das comunidades.

João Reis realçou também a necessidade de realizar um estudo sobre “os custos reais que as instituições têm nas suas valências da economia social”.

Por outro lado, considerou vantajoso que a Segurança Social esteja agora integrada na pasta da Saúde com a orgânica do novo Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM, realçando o trabalho e o papel das IPSS e misericórdias com valências de apoio a idosos e crianças, nomeadamente centros de dia e creches.

“Queremos ser um parceiro para os Açores deixarem ser das regiões mais pobres da União Europeia”, sustentou.

O presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, iniciou na quinta-feira uma ronda de audições aos partidos com assento parlamentar e parceiros sociais no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2024, que foi chumbado em 23 de novembro de 2023, com os votos contra de IL, PS e BE e as abstenções do Chega e do PAN, motivando a queda do executivo regional e a convocação de eleições antecipadas.

O novo executivo, o segundo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, tomou posse em 04 de março e viu o Programa do Governo ser aprovado em 15 de março, com votos favoráveis dos partidos que integram o executivo, as abstenções de Chega, PAN e IL, e os votos contra de PS e BE.

 

PUB