O presidente do Governo dos Açores enalteceu hoje a postura do Chefe de Estado Maior da Armada por compreender a dimensão da “projeção atlântica” da região para o país e para a União Europeia.
O almirante Gouveia e Melo começou hoje em Ponta Delgada, nos Açores uma visita pelo país, o que o chefe de governo (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, valorizou, declarando que o Chefe de Estado Maior da Armada percebeu “a projeção atlântica que o mar e as ilhas representam para a dimensão não apenas militar, mas geoestratégica para o interesse nacional e para o quadro da integração na Europa”.
Para José Manuel Bolieiro, a “dimensão atlântica de Portugal com os Açores e o entendimento” do Atlântico irão “permitir traçar estratégias futuras que darão centralidade ao papel dos Açores, mas obviamente sendo a região parte e não o todo”.
Bolieiro destacou a projeção do Atlântico “não só com o reforço de meios, sejam navais ou da sinergia com a Força Aérea, mas também com a ciência e a alta tecnologia”.
O líder do executivo açoriano referiu que o aproveitamento das oportunidades que os satélites proporcionam em termos de vigilância podem “potenciar melhor defesa e rastreabilidade” no espaço marítimo dos Açores.
Bolieiro considerou ainda que os cabos de fibra ótica são “essenciais para o domínio da soberania e da importância estratégica”.
O almirante Gouveia e Melo disse estar em causa a sua “primeira deslocação em território nacional” como Chefe de Estado Maior da Armada, numa iniciativa que “reflete a importância que o mar tem nos desígnios nacionais”, sendo um “exemplo a importância estratégia dos Açores”.
Confrontado com a necessidade de fiscalização das águas açorianas, o Chefe de Estado Maior da Armada reconheceu que os recursos existentes “nunca são os que se deseja para cumprir o que eventualmente se acha ser a 100%, mas ainda são significativos”.
O almirante disse estar a “olhar para a forma como se está fazer a atividade e tentar encontrar outras formas, mais inovadoras, para conseguir atingir os objetivos”.