A Secretária Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego reuniu-se esta quinta-feira, em Ponta Delgada, com as Escolas Profissionais da Região, uma ocasião que serviu para fazer um ponto de situação sobre a oferta formativa para o ano letivo 2023/2024.

Conforme adiantou Maria João Carreiro, no próximo ano letivo vão estar em oferta nas Escolas Profissionais da região 42 novos cursos, “a maior oferta disponibilizada nos últimos oito anos”.

“Em termos práticos, este aumento significa que vão estar criadas condições para que as Escolas Profissionais possam mobilizar esforços para aumentar o número de turmas e de alunos”, frisou.

A titular da pasta da Qualificação Profissional e Emprego classificou como “encorajadores” os resultados do inquérito vocacional executado através do Observatório do Emprego e Qualificação Profissional aos alunos do 8.º e 9.º anos do Ensino Básico de todas as escolas da Região.

De acordo com este inquérito, realizado entre 10 de fevereiro e 3 de março, com uma taxa de resposta de 68% e que foi enviado às Escolas Profissionais, a “expressiva maioria” dos alunos que indica querer seguir uma via profissionalizante de ensino escolhe, precisamente, uma escola profissional para o prosseguir estudos, “o que constitui um bom sinal e uma oportunidade”, disse.

“Este inquérito é um contributo para que as Escolas Profissionais possam ficar a conhecer melhor quer as intenções dos estudantes que estão a concluir o Ensino Básico, quer as áreas profissionais de eleição daqueles que pretendem fazer formação profissional e, assim, combinar o melhor possível os interesses desses jovens com as necessidades do mercado”, afirmou.

Sobre o futuro modelo de financiamento para o Ensino Profissional, com recursos a verbas do Programa Açores 2030, Maria João Carreiro reafirmou que “nenhuma decisão será tomada sem a prévia e imprescindível auscultação das Escolas Profissionais às quais cabe, de resto, a consensualização de um modelo que possa ser mais adequado à realidade da Região”.

“Estamos a aguardar a publicação do Regulamento Específico, que é de âmbito nacional. Só após a sua publicação é que, na Região, serão avaliadas e decididas as regas que melhor se adequam à nossa realidade”, clarificou.

Maria João Carreiro voltou a alertar para a importância de as Escolas Profissionais “começaram, desde já, a pensar no modelo que melhor poderá servir o interesse generalizado das escolas”.

No que respeita ao investimento na modernização dos equipamentos das Escolas Profissionais da Região, ao abrigo do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, a titular da pasta da Qualificação Profissional e Emprego avançou que já está concluída a fase de identificação das necessidades das escolas, conforme levantamento efetuado e partilhado pelas próprias escolas.

“A nossa expetativa é de que o aviso, através do qual é determinado o período de candidaturas e que vai ser publicado na plataforma Recuperar Portugal, possa sair ainda no segundo trimestre deste ano, nos termos da calendarização do programa e da própria medida”, afirmou.

Maria João Carreiro congratulou o “diálogo construtivo entre o Governo dos Açores e as Escolas Profissionais na preparação do próximo ano letivo”, sinalizando que “perante o interesse dos jovens e das empresas no Ensino Profissional devemos todos responder com compromisso e capacidade de promover a confiança numa via de ensino que é estratégica para a Região”.

Recorde-se que, a 27 de janeiro último, a Secretária Regional reuniu com as Escolas Profissionais na Praia da Vitória, na ilha Terceira, à margem do Campeonato Regional das Profissões, numa altura em que o XIII Governo dos Açores acabava de aprovar um mecanismo extraordinário de financiamento das Escolas Profissionais articulado com a banca e que está em vigor até à operacionalização do Programa Açores 2030.

PUB