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O CDS-PP/Terceira acusou hoje o PS de “enganar” os açorianos, ao criticar a redução de investimento público na ilha, sem revelar que o acesso a fundos comunitários está atrasado por responsabilidade do Governo da República.

“O [Programa Operacional] PO2030 está atrasado por responsabilidade do Governo da República, pelo que não é possível lançar obras cofinanciadas por um programa comunitário que ainda não está em vigor. É aqui que o PS tenta descaradamente enganar os açorianos. E qual é a força que o PS está fazendo junto do Governo da República para acelerar ou atrasar a entrada em vigor do PO2030?”, questionou o secretário da Comissão Política da Ilha Terceira do CDS-PP, Pedro Pinto, em comunicado de imprensa.

O PS/Terceira acusou hoje, em conferência de imprensa, o Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) de ter reduzido o investimento previsto para a ilha em 40%, face a 2022, e de ter cativado 25% das verbas, um mês após a entrada em vigor do plano de investimentos.

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“Não há obra feita, nada acontece na ilha, não há investimento em obras estruturantes, que são necessárias e que foram prometidas. O Governo Regional promete e não executa, promete e cativa as verbas que poderiam garantir essa execução”, afirmou a dirigente do PS/Terceira Isabel Berbereia.

Os socialistas acusaram ainda o atual executivo de inaugurar apenas obras iniciadas pelo anterior executivo (PS), dando como exemplo a central de armazenamento de energia da Eletricidade dos Açores (EDA), inaugurada na segunda-feira.

Em reação, os centristas da ilha Terceira acusaram o PS de ter uma “atitude populista” e de “provocar confusão e desinformação”.

“Critica este governo, que ao nível das obras públicas só está a dar seguimento às obras que o anterior executivo deu início e para as quais encontrou financiamento. Pois, o anterior executivo começou e não foi capaz de as terminar; ainda bem que o governo de coligação não abandonou a Terceira e está concluindo o trabalho inacabado do PS”, apontou Pedro Pinto.

Segundo o dirigente do CDS-PP/Terceira, para o PS, “se não houver betão novo então não há boa governação”.

“O betão tem o seu tempo e o seu espaço, mas as pessoas também necessitam de atenção e é isso que este governo de coligação está fazendo, sobretudo neste difícil ano com o maior orçamento de sempre na área social, com mais de 40 milhões de euros, que obviamente também serão investidos nos terceirenses”, salientou.

Pedro Pinto destacou as “obras de conservação e requalificação do parque habitacional social da região” e o arranque do programa “Novos Idosos”, que apoia idosos que permaneçam em casa, no concelho da Praia da Vitória.

Realçou ainda a instalação do serviço de radioterapia no hospital da Ilha Terceira, alegando que era “uma velha promessa que o PS não cumpriu na ilha Terceira”.

O dirigente do CDS-PP/Terceira sublinhou, por outro lado, o investimento na promoção turística da ilha, referindo que o aeroporto das Lajes “bateu todos os recordes”, em 2022, com “mais de 800.000 passageiros e o maior número de ligações aéreas diretas ao continente e ao estrangeiro”.

O PSD/Terceira também já tinha reagido às críticas do PS, dizendo que o investimento público previsto para a ilha em 2023 era superior em 80% à execução média dos executivos açorianos socialistas.

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