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O Bloco de Esquerda quer que o Governo Regional explique as razões que levaram à nomeação da antiga presidente da ARRISCA para o cargo de diretora regional, que ocorreu numa altura em que o executivo já conhecia o relatório da auditoria da Inspeção Regional da Saúde, divulgado hoje pelo Açoriano Oriental, que revela que Suzete Frias recebia na ARRISCA mais do dobro do vencimento máximo previsto no Estatuto das IPSS.

“Tendo em conta que o Governo Regional conhece o relatório desde fevereiro de 2016, como se explica que nada tenha feito até à presente data no sentido corrigir situações descritas no relatório?”, pergunta ainda o BE num requerimento que será dirigido ao Governo Regional.

Através deste requerimento, o Bloco exige a disponibilização não só do relatório desta auditoria feita à ARRISCA, mas também cópia de todas as auditorias realizadas em 2016 e 2017 às IPSS e Misericórdias financiadas pela Região ou pela Segurança Social.

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O BE lembra que “são transferidos, anualmente, muitos milhões de euros para as IPSS e Misericórdias para que estas cumpram serviços que são da competência da Região” e que “a bem da transparência e da boa utilização dos fundos públicos” a gestão destas entidades deve ser “tão rigorosa quanto a que é exigida na administração pública, o que implica, necessariamente, processos de auditoria regulares e rigorosos por parte das entidades competentes e financiadoras”.

O BE acusa o Governo Regional de recorrer às IPSS para o cumprimento de funções sociais fundamentais que deviam ser responsabilidade da Região, como uma forma de baixar os custos com os trabalhadores, e salienta que este modelo não pode servir também para aumentar, sem qualquer controlo público, os salários dos dirigentes.

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