A direção da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) alertou hoje para a necessidade de alavancar o investimento público no arquipélago, salientando que existem obras “prometidas” que continuam a aguardar concretização.

Em comunicado, a associação empresarial refere estar solidária e acompanhar “as preocupações recentemente trazidas a público por parte de autarcas da ilha de São Miguel relativamente ao investimento público na região”, salientando que o cenário também se coloca na Terceira.

Como exemplos, a associação, presidida por Marcos Couto, aponta os casos do porto da Praia da Vitória e do aeroporto das Lajes que “continuam a aguardar as muito prometidas obras de ampliação”, tal como “a prometida e urgente dinamização do mercado interno, onde os transportes marítimos têm um papel primordial, que tarda em ser anunciado publicamente”.

“A ilha Terceira, através da CCAH, une a sua voz à dos autarcas e opinião pública de São Miguel no desafio de mais investimento, por parte do Governo Regional, na Ilha Terceira, de forma a suplantar todos os problemas bem identificados de falta de investimento na nossa ilha”, lê-se na nota.

A associação empresarial refere ainda que a preocupação é extensível a São Jorge e Graciosa, onde investimentos como o porto da Calheta, as termas e o aeroporto da Graciosa, ou as ligações marítimas e aéreas entre estas ilhas, estão “por resolver”.

“Tal como São Miguel, também as ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge não querem ficar para trás no que ao investimento público diz respeito”, salienta a direção da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo.

Para a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, os recentes dados demográficos “mostram como é necessário e dinamizador esse investimento”, sob pena de aquelas ilhas “continuarem a perder população, diminuindo assim, cada vez mais, o seu contributo para o crescimento da economia regional”.

A associação empresarial alerta também para a questão do consumo de drogas na região, considerando estar-se perante “um problema de uma extensão social gravíssima e, até ao momento, sem a resposta devida”.