O Governo dos Açores abriu candidaturas para as escolas de formação profissional no âmbito da iniciativa Azores Digital, que visa formar ativos para as empresas, anunciou hoje a secretária regional da Qualificação Profissional, Maria João Carreiro.
Segundo a governante, que se reuniu hoje com a direção da Escola de Novas Tecnologias dos Açores (ENTA), em Ponta Delgada, o período de candidaturas arrancou em 01 de setembro e termina a 16 de outubro.
Em declarações aos jornalistas, a secretária regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego dos Açores referiu que a Azores Digital constitui uma “medida de apoio à formação na área digital e visa promover os açorianos”.
Pretende-se “capacitar um quadro altamente qualificado na área digital com todas as consequências e benefícios que daí advêm, desde logo na criação de emprego e na atração e fixação de empresas”, segundo a governante.
A secretária regional referiu ainda que “cada vez mais empresas têm criado as suas sedes na área da tecnologia de informação e comunicação” nos Açores.
Para Maria João Carreiro, esta “constitui uma oportunidade de fomentar a competitividade das empresas que estão a recrutar na área digital”.
A responsável política ressalvou que o Governo dos Açores “criou uma medida pública que constitui um instrumento financeiro para a qualificação e reforço de competências dos açorianos”, visando “estarem devidamente aptos e com capacidades para aceitar os postos de trabalho oferecidos na região na área digital”.
Os destinatários do Azores Digital são ativos, desempregados e empregados, com idade igual ou superior a 18 anos.
Maria João Carreiro especificou que a medida de formação “envolve duas modalidades previstas no catálogo nacional de qualificações”.
A formação certificada pode ir até 600 horas, sendo que as entidades promotoras da formação, as escolas profissionais, “beneficiam de um apoio complementar se for garantido que o seu formando celebrou um contrato de trabalho”.
O desempregado, por seu turno, beneficiará de uma bolsa no valor máximo do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), havendo uma majoração para quem esteja deslocado da sua ilha de residência.
A secretária regional disse ainda que se pretende abranger no mínimo 65 beneficiários na formação, sendo a dotação financeira prevista de 445 mil euros.
“Pese embora seja uma medida associada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o investimento é suportado pelo orçamento dos Açores em 75%”, salvaguardou.
O valor a praticar por hora na formação será de 80 euros, num modelo presencial.
Maria João Carreiro referiu que a formação será ministra em áreas inovadoras como a cibersegurança, linguagem de programação e análise de dados, entre outras, “muito vocacionadas para as empresas sedeadas nos Açores nas tecnologias e informação e comunicação”.