O deputado independente no parlamento açoriano considerou hoje que a Comissão de Economia da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores “tem de ouvir o júri que irá avaliar a privatização” da Azores Airlines.

Em comunicado, Carlos Furtado revela que apresentou um requerimento à Comissão de Economia na Assembleia Legislativa açoriana, “no sentido de esta convocar o júri que avalia as propostas de aquisição parcial da Sata Azores Airlines a prestar esclarecimentos quanto ao processo de privatização”.

O deputado independente entende que “é necessário saber mais” sobre o processo.

Segundo Carlos Furtado, as notícias de que “surgiram dezenas de interessados, sendo que no final apenas existiram duas propostas de aquisição, não mostra um ambiente confortável para a região”.

“Neste momento, é necessário ter conhecimento quanto ao teor das propostas e de que forma ficam garantidas as obrigações determinadas no caderno de encargos, assim como em que medida os compromissos financeiros da empresa encaixam em todo o processo de avaliação das candidaturas”, defende.

O deputado independente no parlamento açoriano lembra que a audição “depende da aprovação por maioria da composição da comissão”, mas diz acreditar que “estará garantida” por considerar “que nenhuma força partidária entenderá que este assunto merece a indiferença dos deputados”.

O concurso para a privatização da Azores Airlines recebeu duas propostas, apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50 euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o exterior dos Açores.

O anúncio foi feito durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da transportadora, que decorreu na segunda-feira na sede do grupo SATA, em Ponta Delgada.

Segundo adiantou na altura o presidente do júri, Augusto Mateus, a primeira proposta, do NewTour/MSAviation, foi apresentada às 11:37 desse dia e pretende adquirir 760 mil ações, com um preço global de 4,940 milhões de euros (6,50 euros por cada ação).

Já a segunda proposta, do Atlantic Consortium, deu entrada às 11:43, com um preço total de 4,875 milhões de euros, oferecendo 6,50 euros por cada ação.

Face às semelhanças entre as duas propostas, o caderno de encargos prevê a realização de um novo ato público de forma a permitir aos concorrentes a alteração dos valores, ainda de acordo com o presidente do júri.

O novo ato público deverá decorrer na “próxima semana”, conforme as “disponibilidades”, admitiu Augusto Mateus.

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