O Governo dos Açores investiu 1,5 milhões de euros na proteção da orla costeira da Calheta, São Jorge, obra que protege a população e que “projeta a economia azul”, segundo anunciou hoje o líder do executivo.
“Não se trata apenas de uma obra de betão, mas de uma infraestrutura de valorização, que cuida as alterações climáticas, que valoriza o território e que projeta a economia azul que queremos abraçar com sucesso nas nossas ilhas todas”, declarou José Manuel Bolieiro.
O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) discursava na inauguração da empreitada de proteção do caminho municipal da Calheta, concelho da ilha de São Jorge, que custou cerca de 1,5 milhões de euros.
Para José Manuel Bolieiro, a conclusão da infraestrutura de proteção representa um “momento histórico” para a região.
“Estamos a viver um momento histórico. Histórico para a vila da Calheta, para o município, mas também para os Açores. Histórico porque, no que diz respeito ao pretérito, corresponde a uma ambição”, assinalou.
O líder do executivo regional defendeu a necessidade de proteger a orla costeira dos Açores, quer por “razões de caráter ambiental”, quer para “proteger a população” das consequências das alterações climáticas.
“Esta valorização deste caminho terrestre abre horizontes aos caminhos que o mar dá ao futuro dos Açores”, afirmou.
José Manuel Bolieiro realçou ainda que “importa olhar o mar como uma oportunidade”, lembrando que existiu uma época marcada por “temores de corsários e de medo do mar”.
“É também uma oportunidade que estamos a desenhar para todas as nossas ilhas dos Açores de olhar em cada vila, em cada freguesia, em cada cidade, o mar como um horizonte de oportunidades. Em vez de estarmos de costas voltadas para o mar, abrimos o nosso olhar para este novo horizonte marítimo”, salientou.
Em dezembro de 2021, a Câmara do Comércio da ilha de São Jorge reivindicou a requalificação do porto da Calheta, defendendo a construção de uma “marina digna” e obras de proteção da orla costeira daquele concelho açoriano.
Aquela zona costeira da vila da Calheta é frequentemente assolada por fenómenos de agitação marítima devido ao mau tempo e que põem em causa as condições de segurança da falésia e da via adjacente.