Os combatentes do grupo de mercenários russo Wagner, que ocupava desde hoje de manhã o quartel-general militar russo da cidade de Rostov, no sudoeste da Rússia, começaram a abandonar o local ao fim da tarde.

Os homens liderados por Yevgueni Prigozhin partiram a bordo de miniautocarros, ao passo que os tanques estacionados na cidade ainda não se moveram, noticiou a agência francesa AFP, no local.

O líder do grupo paramilitar Wagner suspendeu hoje as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade estratégica no sul do país para a guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou como rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria deixar acontecer uma “guerra civil” e que os responsáveis pagariam por isso.

Ao fim do dia em que foi notícia o avanço de forças do grupo Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

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