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O engenheiro agrónomo José Bernardo é o candidato do Chega à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, nos Açores, e assume como prioridades a redução da burocracia e a dinamização da economia do concelho.

“O principal é fazer com que a economia de Angra do Heroísmo volte a ser dinamizada, porque isso é que cria riqueza, é que faz alavancar a economia e cria empregos. E criando empregos, cria o bem-estar”, afirmou o candidato à agência Lusa.

Engenheiro agrónomo e empresário do ramo do agroturismo, José Bernardo, 74 anos, é presidente da mesa do Chega/Açores e conselheiro nacional do partido.

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Chegou a ser anunciado como cabeça de lista do partido pelos Açores às eleições legislativas nacionais de 18 de maio, mas desistiu por motivos pessoais e familiares.

Concorre agora, pela primeira vez, como primeiro candidato à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

“É a primeira vez que estou na política, porque a minha vida não é esta, mas achei que estava na altura certa de dar o meu contributo cívico para a sociedade onde vivo”, adiantou.

Questionado sobre os principais desafios do concelho, José Bernardo defendeu que é preciso “lutar contra a burocracia instalada, onde quase tudo é proibido, nada funciona e todos os absurdos são possíveis”.

“É um calvário de burocracias, de problemas, que leva muitos dos investidores, principalmente da classe média baixa, a desistirem, porque as leis são tantas e tão absurdas que acabam por desistir”, criticou.

Segundo o candidato do Chega, quem desiste de investir “ou tenta emigrar à procura de novos rumos ou tenta arranjar um emprego no Estado, ou ir para o RSI [Rendimento Social de Inserção]”.

“Aí é que está garantido, recebe o rendimento mínimo e não se chateia com nada e não há problemas nenhuns, porque o dinheiro vem diretamente para a conta todos os meses”, atirou.

José Bernardo reconheceu que “muitas destas leis não dependem diretamente da câmara municipal”, mas considerou que a autarquia “deve estar ao lado do seu munícipe e lutar contra essas burocracias”.

“Temos de simplificar, clarificar e a câmara municipal não deve estar contra o cidadão, mas a favor do cidadão”, vincou.

O candidato destacou, ainda, o “valor histórico patrimonial” da cidade de Angra do Heroísmo, alegando que é possível “devolvê-la ao esplendor de outrora”, com “novas perspetivas e novas realidades adequadas à época” atual.

Em 2021, o Chega concorreu pela primeira vez ao município de Angra do Heroísmo e ficou em quarto lugar com 1,88% dos votos.

José Bernardo acredita que desta vez o partido pode vencer as eleições.

“É possível, devido à insatisfação deste sistema socialista que nos tem governado durante estes anos todos, que só criou problemas e que não contribui para a evolução e para a dinâmica económica do município”, salientou.

Desde 1997 que a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo é gerida por autarcas do PS, partido que venceu as eleições em 2021, com 54,96% dos votos, conquistando quatro mandatos.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM ficou em segundo lugar, com 39,26% dos votos, elegendo três vereadores.

O BE ficou em terceiro (2,74%), o Chega em quarto (1,88%) e a CDU em quinto (1,15%).

Às eleições autárquicas de 12 de outubro já anunciaram candidaturas Fátima Amorim (PS), Luísa Barcelos (PSD/CDS-PP) e Gustavo Couto (IL).

 

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