O eurodeputado André Franqueira Rodrigues reuniu-se esta sexta-feira com a direção da Fundação Gaspar Frutuoso, da Universidade dos Açores, em uma visita focada no reforço da cooperação para impulsionar o investimento em ciência e tecnologia na região.
Durante o encontro, o eurodeputado destacou a disparidade nos índices de investimento em Investigação & Desenvolvimento (I&D) nos Açores em comparação com a média nacional e europeia. “A despesa em I&D nos Açores permanece ainda muito abaixo das médias nacional e europeia, representando apenas 0,30% do PIB regional, quando a nível nacional é de 1,4% e a meta europeia é de 3%. Temos todos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para melhorar esses índices, começando naturalmente pela base que é a participação e sucesso escolar”, afirmou.
Na reunião, que contou com a presença de representantes da Fundação Gaspar Frutuoso, foram abordados os principais desafios enfrentados pelas instituições científicas açorianas. Um dos tópicos centrais foi a captação de verbas comunitárias e a promoção da participação em consórcios de investigação e ciência a nível europeu, em alinhamento com as metas definidas pela União Europeia.
“O objetivo de atingir essas metas passa, inevitavelmente, por um reforço do investimento em investigação científica e inovação nos territórios ultraperiféricos, como os Açores”, sublinhou o eurodeputado, destacando a importância do investimento contínuo para a sustentabilidade e crescimento do setor científico na região.
A conversa também se concentrou no melhor aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis, nomeadamente o Horizonte Europa, com o intuito de valorizar o potencial científico regional e estimular projetos colaborativos com impacto económico e social. “A ciência e investigação não competem apenas às Universidades. Têm de envolver todo o tecido empresarial e social das regiões e territórios e, aqui, nos Açores, essa realidade ainda tem muito caminho a percorrer”, concluiu Franqueira Rodrigues.
O eurodeputado reiterou ainda a sua total disponibilidade para cooperar com as instituições açorianas na promoção de uma agenda europeia que valorize os territórios insulares e assegure uma presença ativa dos Açores nas políticas de investigação e desenvolvimento da União Europeia. “A ciência feita nos Açores deve ser ouvida e apoiada em Bruxelas”, afirmou.
A visita terminou com o compromisso de continuar a trabalhar em conjunto, a fim de garantir que a inovação nos Açores não apenas acompanhe, mas também contribua para o progresso europeu.